Em Copenhague, existe uma biblioteca em que as estantes não guardam páginas, mas pessoas. Criada em 2000 por Ronni Abergel e outros colaboradores, a Biblioteca Humana (Human Library) nasceu com um objetivo ousado e simples ao mesmo tempo: transformar o ato de “ler” em um encontro vivo, onde a curiosidade encontra a empatia. Ali, o leitor não pega emprestado um romance ou um ensaio: pega emprestado uma pessoa. Cada livro humano é alguém disposto a contar sua história, partilhar sua experiência de vida, abrir-se como um capítulo vivo diante do ouvinte. Entre esses títulos encontram-se pessoas que já enfrentaram preconceito, exclusão ou julgamentos apressados: um refugiado, uma pessoa em recuperação do vício, um policial, alguém que vive com HIV, uma pessoa trans, um imigrante, alguém em luto. Cada encontro é uma oportunidade de derrubar estereótipos e ampliar horizontes. A metáfora é poderosa: ao abrir um livro humano, não há páginas para virar, mas sim pausas, olhares e palavras que...
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