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Solstício de Inverno – uma celebração de luz e renovação

Enquanto o hemisfério norte se prepara para o aconchego do verão, aqui no Brasil, nos preparamos para receber o Solstício de Inverno, um momento mágico que marca a transição para a estação mais fria do ano. É aquele instante mágico em que a Terra, em sua dança cósmica, nos presenteia com um espetáculo de luz e sombra, convidando-nos a refletir sobre o ciclo da vida e as mudanças constantes que nos envolvem. No dia mais curto do ano, quando o Sol parece fazer uma pausa antes de retornar com toda sua força, nós nos reunimos para celebrar. É uma oportunidade não apenas de apreciar a beleza da natureza, mas também de nos reconectarmos com nossa própria jornada interior. Nas culturas antigas, o Solstício de Inverno era um momento de renovação espiritual e esperança, marcando o renascimento gradual da luz. No Brasil, essa celebração pode assumir diferentes formas, desde pequenos rituais pessoais até festivais comunitários. Em diversas tradições, é um momento para compartilhar histórias a...
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Em busca de Sentido – um Psicólogo no campo de concentração

"Quando não somos mais capazes de mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós mesmos." — Viktor E. Frankl   Publicado originalmente em 1946, Em Busca de Sentido é uma obra profundamente humana e filosófica escrita pelo psiquiatra austríaco Viktor E. Frankl. Mais do que uma simples autobiografia, o livro é um testemunho vívido da experiência do autor nos campos de concentração nazistas e uma introdução à sua abordagem terapêutica: a logoterapia , que coloca a busca por sentido como a força motivadora essencial do ser humano. Na primeira parte do livro, Frankl relata com notável sobriedade e precisão emocional os horrores vividos em Auschwitz e outros campos de concentração. O que distingue esse relato de outros testemunhos do Holocausto é o foco no impacto psicológico dessas experiências — tanto nos presos quanto nos algozes — e a capacidade do ser humano de encontrar sentido mesmo no sofrimento mais extremo. Frankl não se vitimiza, mas observa e analisa o compo...

Chegamos ao apocalipse?

É só disso que se fala. Você abre o jornal, liga a TV, ouve o rádio e o assunto é conflito no mundo. É pais que invade o outro e depois quer impor suas regras. É presidente que se acha dono do mundo e coloca seu próprio país contra ele mesmo. É o primeiro ministro que tem ações desumanas se pautando em uma causa justa, com atos injustificáveis. É homem que mata mulher como se estivéssemos na idade da pedra; são pessoas que pegam o carro e saem que nem loucas matando os pedestres ou outros motoristas, é uma insatisfação total que se pauta pela intolerância, pelo preconceito e pela falta de olhar o outro como a si mesmo. Teremos guerra? Chegaremos ao fim deste século vivos? E caso cheguemos, haverá planeta intacto para os vivos? Posso confiar na pessoa que está ao meu lado? Se eu sair de casa será que voltarei? A sensação é de viver uma era de incertezas, de estar andando em um túnel escuro cujo final não temos ideia de onde vai dar. A Europa tem alertado seus cidadãos para ficarem...

Beleza e Conectividade

Uma espiadela nas redes sociais, e entre tantas bobagens, fake news assisto um vídeo italiano de senhorinhas em uma mesa de almoço, amigas com certeza, felizes. Bebem seu vinho, comem seus pratos apetitosos e trocam maquiagens. Uma cena alegre e que, sem dúvida, quebra preconceitos. A empresa que ousou fazer isso foi a Kiko Milano, uma marca italiana pontuada pela qualidade e bons preços na Europa. A quebra de tabus é nítida. Mulheres acima dos 50 anos são tidas como velhas. Não devem possuir uma vida social muito intensa, ter amigas e a maquiagem deve se restringir aos incômodos bastões que servem para tudo, batom, base, blush, sombra. A Kiko vai na contramão de tudo isso. As senhoras da propaganda, que devem ter bem mais de 70 anos, usam suas finíssimas sombras em pó, seus desejados gloss e cremosos batons, que são o sonho secreto de todas as idades que curtem uma boa maquiagem. A imagem me remeteu a adolescência, quando nos reuníamos com as amigas para trocar os batons, esm...

Uma longa jornada

Este mês   Prosa Mágica fez 17 anos desta aventura pelos caminhos da internet. Tempos de alegria, de muita interação e carinho de cada um dos meus leitores. Não foi uma jornada fácil até aqui, mas o que sempre fortalecia era olhar para os e-mails, para as estatísticas e ver que mesmo sem um único texto novo vocês estavam lá, lendo as postagens antigas, comentando no particular comigo. Isso foi sempre renovador. Um blog não é nada sem seus leitores, então essa comemoração é sua, esses 17 anos é seu (isso mesmo, no singular, porque vejo cada um dos meus leitores como pessoa única). Comemore comigo, mande suas sugestões do que quer ver aqui neste novo ano de existência. Partimos rumo à maioridade. Talvez o blog Prosa vire um site. (?) Minha enorme gratidão a todos vocês, queridos leitores. Um grande abraço e um lindo final de semana.   Fotos: As imagens desta postagem foram geradas pelo Gemini.

Ainda Estou Aqui

Esqueça o filme. Esqueça as centenas de entrevistas que viu na TV. Esqueça os prêmios que o filme recebeu, esqueça todo “Auê” durante o período de divulgação do filme. O livro é muito mais, e quem viu o filme e não leu o livro está perdendo o melhor. Marcelo Rubens Paiva é um mestre das palavras, ele nos envolve em uma história emocionante. Tem partes que são poéticas que nos encanta, que nos faz chorar e refletir sobre a importância da vida e de Ser. Ainda Estou Aqui é muito mais que um livro sobre Eunice Paiva, é uma história sobre família, cooperação, alegria e tristeza. É algo que raramente encontramos hoje. Famílias não constroem mais memórias. Isso é raro. Quem viu o filme deve estar imaginando que o livro fala o tempo todo da ditadura militar, mas não é isso. Marcelo viaja pelas memórias que ele tem de garoto, adolescente. Ele nos mostra uma família que era feliz, que apesar de viver uma das piores fases do Brasil, ainda conseguia fazer trocas de carinho, de momentos de a...

Qual é o livro da sua vida?

Recebi um vídeo com esta pergunta. Difícil responder, muito difícil mesmo. Quem lê se apega a tantos livros, que a lista seria infindável. A Interpretação dos Sonhos, de Freud? A Metamorfose, de Kafka? O Senhor dos Anéis, de Tolkien? O Ponto de Mutação, de Fritjof Capra? A Casa das Orquídeas, de Lucinda Riley? A pergunta ficou na minha cabeça e segui minha caminhada com essa questão. (Consegui retornar as caminhadas) Pensar no livro da vida, aquele que te salvou do marasmo, da tristeza, ou da total ignorância não é uma tarefa fácil, mas é prazerosa. Em um país composto de 53% de não leitores, a pergunta parece um luxo, algo parecido como perguntar a alguém que mora em uma casa de dois cômodos quantas Ferrari ela teve na vida. Mas não é. Moro em uma casa pequena, nunca cheguei nem perto de uma Ferrari, no entanto sou uma leitora voraz. Em um ano ruim de leituras completo a marca de 20 livros ao final de 12 meses. Dá uma tristeza quando isso acontece, porque fico pensando em to...

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