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Mostrando postagens de julho, 2016

Quem quer se perder em um labirinto?

Foto do site scritto.io Você já viu um labirinto? Já se perdeu dentro de um deles? Qual foi o seu sentimento? Você teria coragem de entrar em um novamente? Creio que a figura do labirinto é tão antiga quanto podemos rastrear a humanidade. Há mitos, lendas e jardins imensos que os contem, feitos de todas as formas, sendo a mais bela rodeada por arbustos. Na literatura existem muitos, mas eu gosto muito de lembrar  do labirinto em Harry Potter e o Cálice de Fogo, que é sinistro, e do livro Labirinto, da autora Kate Mosse que nos faz se perder e se achar em sua escrita sinuosa e cheia de truques. Mesmo que não haja um labirinto no livro, a própria trama nos enreda neste emaranhado de estórias que se interligam, que nos levam a caminhos errados, a lugares iluminados até que possamos, munidos de todo o conhecimento adquirido durante a jornada chegarmos finalmente ao destino e recebermos o nosso prêmio. Então, não há medo na caminhada do labirinto, pois percorremos todos os di

Contando um conto

Imagem Google - autor desconhecido. O nome deste post parece bem estranho. Olhando uns arquivos antigos encontrei este rascunho de conto que escrevi para participar de um concurso. É claro que eu nunca enviei o texto. Quem conta um conto tem que ter a veia de um grande romancista e a concisão de um jornalista. Confesso que não tenho concisão suficiente para isso, e todas as minhas tentativas de conto acabavam virando primeiro capítulo de um romance, que ficava esquecido nas pastinhas do meu computador. Se não me engano, O Supressor de Almas surgiu em um momento onde a febre era falar de anjos decaídos e eu tentei escrever algo no gênero. O Supressor de Almas não é um conto acabado, mas a tentativa de fazer um deles que virou a ideia de um romance e que talvez nunca saia do papel, por isso resolvi compartilhar com vocês. A estória trata de nossas pequenas carências que muitas vezes podem nos colocar nas piores situações possíveis. Espero que você goste e divida comigo sua opini

O Segredo das Coisas Perdidas

Autor:   Sheridan Hay Tradutor: Paulo Andrade Lemos Editora:   Nova Fronteira Número de páginas: 320 Ano de Lançamento: 2008 Avaliação do Prosa Mágica:   10 O Segredo das Coisas Perdidas, da autora australiana Sheridan Hay, é um daqueles livros que você não espera ler até que eles surgem na sua frente e invadem sua alma. Rosemary Savage, protagonista da trama, é uma metáfora de nossas mentes e vida, e simboliza o processo de amadurecimento que invariavelmente todo ser humano enfrenta. Jovem, aos dezoito anos ela perde a mãe que tanto amava e impulsionada pela amiga de sua mãe, é enviada a Nova York para ampliar seus horizontes, que são estreitos e ingênuos como o lugar onde vive – Tasmânia. Já em Nova York, com apenas 300 dólares no bolso, Rosemary vai trabalhar na Árcade, uma livraria de exemplares de segunda mão, uma espécie de país imaginário onde desfilam os mais estranhos e ao mesmo tempo comuns personagens. George Pike, o dono mal humorado; Walter Geis

Por que o passado não é melhor que o presente?

Boas leituras nos causam impressões fortes, muitas vezes o sentimento que fica se resume na frase “eu queria viver naquele tempo”. O que a primeira vista parece interessante, principalmente se você acabou de ler Orgulho e Preconceito de Jane Austen. Estar no passado, cercada de gente bem vestida e educada, com a possibilidade de encontrar um Mr Darcy e viver em Pemberley, aquele casarão cercado de lagos e parques parece ser uma visão do paraíso, mas não se engane, o final do século XVIII e o inicio do XIX não foi a beleza que os livros pintam. Revolução Industrial, miséria, fome, falta de um sistema educacional concreto, segregação da mulher na educação, seu uso como mercadoria de troca no momento do casamento, e outras mazelas assolaram o mundo tão sonhado por muitos leitores. Uma jovem sem dote de valor não se casaria nunca com um nobre, mesmo que o amor suplantasse tudo. Ela seria renegada por ele em prol de bens “maiores”, ou o nobre perderia sua fortuna por não manter as

O Escaravelho do Diabo

Autor:   Lúcia Machado de Almeida Editora:   Ática Número de páginas: 128 Avaliação do Prosa Mágica:   8+ Já aviso que não vi o filme, e por tudo que li não parece ser a mesma trama do livro. O Escaravelho do Diabo foi um grande sucesso entre os jovens na década de 90, enquadrando-se como literatura juvenil. Os personagens não são crianças, mas um estudante de medicina, um grupo de pessoas de meia idade que vivem em uma pensão, e um policial com ares de detetive americano. A trama se passa na cidade de Vista Alegre, e o mistério que envolve a morte de pessoas ruivas, dentre elas o irmão de Alberto, um estudante de medicina. Na estória, todos os assassinatos ocorrem após as pessoas receberem um escaravelho cujo nome é determinante na forma como elas morrerão. O suspense é levado até o último minuto e você só descobre o motivo das mortes no final do livro. Ao contrário do que muita gente diz a trama de Lúcia Machado de Almeida não está velha e ultrapassada, mas se enga

Would you like a cup of tea?

Devonshire tea. Algumas tradições estão tão arraigadas em um povo, que raramente o hábito escapa das páginas de um bom livro de ficção. Não seria diferente com o “Five o’clock tea”, o famoso chá das cinco que é venerado pelos britânicos. No entanto, a ironia para esta tradição é grande. Quem introduziu o hábito foi a portuguesa Catarina de Bragança, que ao se casar com Charles II levou o costume para a Inglaterra. Mas foi uma “glutona” que espalhou o hábito, a sempre faminta Anna Maria Russell, duquesa de Bedford, que precisava se alimentar de algo entre o almoço e o jantar. Hoje em dia, o Chá das Cinco é tão habitual, que você pode encontrá-lo em qualquer lugar da Grã-Bretanha, e degustar sempre os melhores blends. Quando estive em Londres pude ter uma xícara de chá em todos os lugares que estive. No Reggent Park ela veio com uma pequena e delicada leiteira de porcelana repleta de um delicado e saboroso leite. No National Galery, o chá veio acompanhado de scones com creme

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