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Mostrando postagens de setembro, 2011

A Outra volta do Parafuso

Se você nunca leu Henry James este não é um bom livro para começar. Excessos na narrativa confusa, extremamente descritiva (uma característica do autor) e um final que não termina. Não encontrei em A Outra Volta do Parafuso complexidade lingüística e psicológica de outras obras do autor. No entanto, ela não pode ser deixada de lado. A Outra Volta do Parafuso é a tentativa de James em criar uma atmosfera de terror e medo, usando fantasmas como pano de fundo da história. Trata-se de um grupo de pessoas que se reúnem para contar histórias de terror, e um dos membros apresenta um manuscrito que lhe foi confiado por uma governanta mais nova, que se insinua ter sido uma grande paixão do personagem. A narrativa conta a experiência sobrenatural desta governanta quando é contratada para cuidar de duas crianças em Bly. Lá, encantada pela beleza da menina Flora e do garoto Miles, a narradora sente-se abençoada pela nova vida que se descortina. No entanto, aparições de pessoas mortas transformam o

Clube de Leitura

Amantes de livros são sempre seres únicos, diferenciados, que na maioria das vezes vivem em um mundo paralelo, a parte de tudo o que ocorre na vida comum. E não entenda isto como uma afirmação de que somos alienados, muito pelo contrário. No entanto, os amantes do livro se dão o prazer de mudar de mundo durante as horas que mergulham nas deliciosas páginas de um bom, ou mau livro. O Brasil não tinha o hábito de se reunir para debater um título. Fora do país – quem assistiu ao filme Clube de Leitura da Jane Austen sabe disso – é comum as pessoas formarem grupos e reunirem-se uma vez por mês para conversar sobre o enredo de um livro e suas impressões sobre a história. Há tempos tento montar um grupo destes e até agora nada. O mais promissor foi o que se propôs a ler o livro A Descoberta das Bruxas, da incrível Deborah Harkness. Das oito pessoas que se propuseram só duas leram (no meu caso 3 vezes), e acabamos não levando adiante a proposta. No entanto, A Penguin, uma editora que tem uma

Os três músculos

Todos nós que temos como o ofício da escrita, sabemos o quão difícil é fazer o trabalho. Em primeiro lugar por que existem os “papalpiteiros”, traduzindo, todo mundo que aprendeu português acredita que escreve bem, e você, mal. Quem já trabalhou em uma assessoria de imprensa, em uma agência de publicidade ou departamentos de comunicação sabe muito bem disso: - você terá que fazer uma dissertação oral para defender e provar que o ponto final fica no final e não no meio. Se você faz parte das pessoas que já passaram por uma prova oral como estas, não se desanime. Lembre-se que um escritor é sempre um atleta das palavras. Todos os dias, nós enfrentamos uma maratona que tanto pode ser medida em horas, como em páginas produzidas. Todos os dias, temos que exercitar nossos músculos, não os que encontramos no corpo, mas os que habitam em uma profundeza dentro de nós que não pode ser explicada pelas leis da física atual. São eles: - Músculo da curiosidade: É aquele que nos leva a se surpreender

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