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Mostrando postagens de julho, 2012

Quem conta um microconto, não pode aumentar nem um ponto.

O ditado é antigo (quem conta um conto, aumenta um ponto) e a versão apresentada no título representa a era em que vivemos hoje: espaços reduzidos, textos enxutos e os 140 caracteres do Twitter. Fiquei surpresa quando me deparei com um concurso de microcontos do colunista Sérgio Rodrigues, no blog Toda Prosa, não porque o gênero me fosse desconhecido, mas pela qualidade dos exemplos apresentados na proposta do concurso. Surpresa diante da perspectiva de escrever algo com   começo, meio e   fim em escassos 140 caracteres, empreendi uma pesquisa pela Web para entender um pouco mais sobre o tema. O Twitter trouxe para os ocidentais, algo parecido com o que o poeta Bashô já fazia em seus Haicais, poemas mínimos escritos em língua japonesa. “Ainda que morrendo O canto das cigarras Nada revela!” A essencialidade deve transparecer com poucas palavras, apenas o suficiente para que a mensagem seja compreendida. No Twitter é assim, aprendemos a comuni

Augusto dos Anjos

Hoje apresentarei Augusto dos Anjos, o poeta pelo qual meu pai era apaixonado e do qual tenho uma edição que pertenceu a ele da Editora Nova Aguilar, de 1994. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no dia 20 de abril de 1884 e morreu em 12 de dezembro de 1914. Poeta simbolista, com traços marcantes do expressionismo, sua poesia nos apresenta uma imagética deveras assustadora e em determinado ponto cruel. Suas referências quase sempre falam da desintegração, da morte, da finitude do ser. Em sua obra, Augusto dos Anjos pareceu vaticinar seu próprio destino: - Uma vida curta e ceifada pela pneumonia aos 30 anos de idade. Transcrevo uma das poesias mais conhecidas e representativas da obra do autor. " Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundíssimamente hipocondríaco, E

A Biblioteca do Papai

Esta semana eu solicito uma licença especial aos meus queridos leitores para fazer uma homenagem literária a alguém que é de suma importância para minha existência neste planeta: - Meu pai. Foi ele quem me ensinou desde criança a gostar de ler, amar os livros com paixão. Eu me lembro da biblioteca dele naquela época: Coleção de Sherlock Holmes   completa, era uns livros vermelhos de capa dura, bonitos, bem acabados, que ele mesmo encadernou quando era gráfico na Melhoramentos. Pena que ele tenha se desfeito dela. Um dia farei uma caçada por sebos para readquiri-los. Além deles havia uma coleção de Monteiro Lobato para adultos e outra, chamada coleção Saraiva, livros que eu e meu irmão éramos terminantemente proibidos de pegar, e como tudo o que é proibido furtávamos escondido da velha estante de madeira com vidros, quando ele e minha mãe estavam distraídos: - O Fantasma de Canterville era o nosso predileto. Meu pai tinha uma adoração por ciência e em seus pertences havia doi

Lançamentos em Inglês - Julho

Na trilha dos lançamentos internacionais três grandes livros, todos muitos bem comentados e resenhados por blogs e por críticos em inglês. Um deles é a esperada continuação do livro A Descoberta das Bruxas, da autora norte americana Déborah Harkness. Em Shadow of Night ela leva seus personagens para o passado, na época Elisabetana. Este livro será lançado no Brasil, mas segundo a editora que comprou os direitos (Rocco) ainda não entrou na programação, o que nos fará esperar bastante por esta continuação. Resta a opção de comprá-lo em inglês, o que significa no mínimo 60 dias de espera. Adotei neste texto a notação internacional para séries, ou seja, o nome da série vai entre parênteses e o número do volume é precedido pelo sinal de hastag, ou para os apaixonados por música, por um sustenido. Estou ansiosa para ler os três livros e publicar uma resenha sobre eles. Mas, por enquanto fiquem com as sinopses das editoras ou da Goodreads traduzida. Abraços Shadow of

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