Pular para o conteúdo principal

Clube de Leitura

Amantes de livros são sempre seres únicos, diferenciados, que na maioria das vezes vivem em um mundo paralelo, a parte de tudo o que ocorre na vida comum.
E não entenda isto como uma afirmação de que somos alienados, muito pelo contrário. No entanto, os amantes do livro se dão o prazer de mudar de mundo durante as horas que mergulham nas deliciosas páginas de um bom, ou mau livro.
O Brasil não tinha o hábito de se reunir para debater um título. Fora do país – quem assistiu ao filme Clube de Leitura da Jane Austen sabe disso – é comum as pessoas formarem grupos e reunirem-se uma vez por mês para conversar sobre o enredo de um livro e suas impressões sobre a história.
Há tempos tento montar um grupo destes e até agora nada. O mais promissor foi o que se propôs a ler o livro A Descoberta das Bruxas, da incrível Deborah Harkness. Das oito pessoas que se propuseram só duas leram (no meu caso 3 vezes), e acabamos não levando adiante a proposta.
No entanto, A Penguin, uma editora que tem uma tradição internacional em incentivo a cultura, trouxe esta proposta e, há exato um ano, formou Clube de Leitura Penguin-Companhia das Letras. Ontem eu tive o prazer de participar de um deles.
Ouvir a opinião, a interpretação de outras pessoas sobre um livro que você leu é extremamente estimulante. Por mais que sua visão tenha uma grande abrangência sobre literatura, o outro sempre acrescenta um dado que você desconhecia, simplesmente por que são únicos, com vivências absolutamente particulares que permitem analises únicas de um mesmo tema.
Muitas vezes, até uma história que você não gostou toma outra forma quando o outro narra com suas particularidades, com seus encantos.
O bate papo de ontem foi extremamente interessante e instigante. O livro debatido foi “A Outra volta do Parafuso, de Henry James”. Há outros grupos formados, inclusive fora da cidade de São Paulo.
A programação completa dos encontros pode ser vista no site da Penguin.

* A imagem acima foi retirada do site da Editora e trata-se dos primeiros paperbacks da Penguin. As capas de hoje são lindas, particularmente das edições brasileiras em conjunto com a Cia das Letras, mas esta edição antiga é realmente charmosa. Em tempo, cada cor representava um gênero: laranja para ficção, azul para biografia, verde para policiais.

Comentários

As mais vistas

Inferno

Autor:  Dan Brown Tradutor: Fabiano Morais e Fernanda Abreu Editora:  Arqueiro Número de páginas:  448 Ano de Lançamento:  2013 (EUA) Avaliação do Prosa Mágica:   9                               Gênio ou Louco? Você termina a leitura de Inferno e continua sem uma resposta para esta pergunta. Dan Brown nos engana, muito, de uma maneira descarada, sem dó de seu leitor, sem nenhuma piedade por sua alma. O autor passa praticamente metade do livro te enganando. Você se sente traído quando descobre tudo, se sente usado, irritado, revoltado. Que é esse Dan Brown que escreveu Inferno??? Nas primeiras duzentas páginas não parece ser o mesmo que escreveu brilhantemente Símbolo Perdido e Código D’Vince.  Mapa do Inferno. Botticelli. Então, quando você descobre que está sendo enganado, assim como o brilhante Robert Langdon, a sua opinião vai se transformando lentamente, e passa de pura revolta a admiração. É genial a manipulação que Dan Brown consegue fazer c

Setembro

Autor:   Rosamund Pilcher Tradução: Angela Nascimento Machado Editora:  Bertrand Brasil Número de páginas: 462 Ano de Lançamento: 1990 Avaliação do Prosa Mágica:   10                         É uma história extremamente envolvente e humana que traça a vida de uma dúzia de personagens. A trama se passa na Escócia, e acontece entre os meses de maio a setembro, tendo como pano de fundo uma festa de aniversário que acontecerá em grande estilo. Violet, que me parece ser a própria Rosamund, costura a relação entre as famílias que fazem parte deste romance. Com destreza e delicadeza, a autora   nos conta o cotidiano destas famílias, coisas comuns como comer, fazer compras, tricô, jardinagem. Problemas pessoais como a necessidade de um trabalho para complementar a   renda e outras preocupações do cotidiano que surpreendem pela beleza que são apresentadas. É um livro em camadas, que pode ser avaliado sobre vários aspectos que se complementam. Pandora, por exemplo, é o

O Símbolo Perdido

Autor: Dan Brown Tradutor:   Fernanda Abreu Editora: Sextante Ano de Lançamento:  2009 Número de páginas:  490 Avaliação do Prosa Mágica: 10 Uau!! Cheguei ao fim com a impressão de ter ficado sem respirar por todas as páginas. O ano mal começou e já tenho um livro para a lista dos mais queridos de 2014. Não é possível que ele seja superado por outro. Você não precisa ser exatamente um amante de simbologia antiga, ou maçom para gostar da história, mas se for com certeza a trama terá mais sabor. Dan Brown desfila através das palavras todo seu talento em “fazer textos” que envolvem, prendem  e deixam marcas. Alias, a palavra é a tônica da trama. Mais uma vez Robert Langdom se mete em uma enrascada. Quando é supostamente chamado por um amigo para dar uma palestra em Washington, acaba descobrindo que foi usado para decodificar um antigo segredo ligado a maçonaria. A Pirâmide Maçônica, material de incontáveis sites e blogs na internet toma vida e as peças que pare

Seguidores