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Mostrando postagens de setembro, 2022

Vamos Libertar Livros

Por um instante use a sua imaginação. Pense em um autor que você ama, um escritor ou livro que mudou sua vida. Agora, pense que você conversa com alguém e fala do livro. Talvez, para aquela pessoa, este livro será o amigo que ela precisa, a informação ou talvez os risos tão necessários no dia a dia. No entanto, você e esse alguém descobrem que aquele livro que te fez um ser humano melhor, mais tolerante foi banido. Você percebe que seus filhos não poderão ler na escola, seus amigos não poderão pegá-lo na biblioteca, na livraria. O livro sumiu. Qual é o sentimento que esta situação te evoca? Tristeza? Dor? Desilusão, ou uma insegurança enorme, já que em breve este ato brutal poderá se espalhar para outras áreas? Pois é, o que por uns instantes parecia ser algo só no imaginário, está ocorrendo debaixo do nariz da população mundial. Somente nos Estados Unidos, de acordo com o Publishnews,  1648 livros foram banidos das escolas. Consegue imaginar um número tão grande de títulos que

Quarto de Despejo

Por volta de 1995 uma amiga me falou sobre o livro Quarto de Despejo e o quanto a leitura daquele livro tinha auxiliado a Casa da Fraternidade a melhorar a cesta básica, colocando um pedaço de sabão, nela. Carolina de Jesus ensinou o que ninguém conseguia ver, que além do alimento as pessoas precisavam de higiene. Desde então surgiu o desejo de ler o livro, mas não a oportunidade. Esta surgiu no ano passado e foi muito marcante. Não vou detalhar o livro aqui, porque ele foi extensamente divulgado pela mídia no último ano, mas farei uma reflexão. O livro Quarto de Despejo é muito mais do que uma história da realidade de uma favelada, é uma trama que desejaríamos que fosse ficção, que não existisse mais neste século XXI. Carolina de Jesus foi um ser humano incrível, e isso não só por ser afrodescendente, pobre, moradora da favela, mas porque ela teve coragem e prontidão para enxergar e se agarrar ao que poderia mudar sua vida. Carolina abriu sua janela e viu que o conhecimento ti

Aventuras de uma escritora independente #2

Ser uma escritora independente é como ter qualquer outra profissão. Há vantagens e desvantagens. Há alegrias e tristezas. Um escritor independente, ou indie como se tem chamado no mercado internacional não é para os fracos. Na semana passada eu comecei a falar um pouco deste aventura de conceber um livro novo, mas esta semana vou contar um pouquinho das vantagens e desvantagens desta categoria de escritor. 😃Vantagens Você tem o controle total da obra . Da criação a escolha da plataforma onde irá publicar você é a pessoa que decide. Ninguém muda o que você escreveu, na maior parte das vezes você decide quanto vai ganhar. Há no mercado diversas formas de ser independente, a mais comum é publicar por uma plataforma na qual você não gasta nada e o livro fica sob demanda. Eu uso a plataforma do Clube de Autores, porque ela é muito fácil de publicar e também porque através dela ficamos disponíveis em outros sites de vendas como a Amazon, Submarino, Americanas, Estante Virtual, Mercad

A Magia

É a primeira vez que falo de um livro de autoajuda aqui no blog. Confesso que é um dos poucos gêneros que eu não gosto muito, não porque não tenham valor, mas por conta de que eles quase sempre vão na onda de um primeiro publicado. Sabe aquele livro que deu super certo e de repente as livrarias ficam recheadas de livros, quase sempre escritos às pressas, com a mesma temática? No caso deste livro, a autora pega carona em seu próprio sucesso, e nos apresenta como tema a gratidão e seu poder de mudar vidas.   Rhonda Byrne é autora dos megabestsellers “O Segredo” e “O Poder”. Seus livros abordam o quanto as pessoas são as autoras e as interpretes de suas vidas. Logo no primeiro capítulo ela diz: “Você lembra quando era criança e olhava a vida com entusiasmo e admiração?” Um grande clichê, que está está largamente conectado com muitas obras da literatura universal. Vejo o mesmo questionamento em Anne de Green Gables. Sempre fui da opinião que os grandes escritores nos fazem refletir s

Aventuras de uma escritora #1

Eu sempre tive vontade de escrever como é o período de escrita e produção de um livro, principalmente de quem ousa fazer autopublicação. Chegou a hora de compartilhar com vocês um pouquinho destes momentos. Escrever é sonhar com outros mundos, outras realidade, então o primeiro passo sempre será o texto, pelo menos é assim que eu penso. O texto precisa de uma boa ideia – a tal da Big Idea – que muito se fala no mundo da escrita. No entanto, para se ter esta boa ideia você precisa escrever, ler, observar, não ter medo de se expor e principalmente, confiar no seu talento. Isso não significa que você não terá uma visão mercadológica do seu livro. Se ele não for bom não venderá, e se ele for bom, também existe a possibilidade de você não vender. Porque estamos falando aqui de duas coisas diferentes que se complementam. O ato de escrever e o ato de fazer algo que as pessoas se interessem em ter. No momento, por exemplo, finalizei o meu próximo livro que será destinado às crianças.

A Ilha do Conhecimento

Eu gosto de rechear minhas resenhas com fatos que aconteceram ligados ao livro que li. Pois bem. Sou leitora de Marcelo Gleiser desde a época do jornal A Folha de S.Paulo . Fui a palestras logo após o lançamento de seu livro A Dança do Universo (Que farei uma releitura para comentar no blog) e acompanho a carreira deste grande cientista com grande admiração. Durante a pandemia, aguardar os “encontros” pelo YouTube que Marcelo Gleiser promovia (Física para Poetas), com aulas incríveis de ciência foram um porto seguro durante aquele período “macabro” de isolamento, de falta de pessoas e livrarias. Na época, encomendei dois livros dele que ainda não tinha lido. “A Ilha do Conhecimento”, que vou comentar nesta resenha, e “A Simples beleza do Inesperado” que comentarei em outra ocasião. Este reencontro acabou marcando história na minha vida, pois o conteúdo não era apenas ciência pura, mas reflexão e ótima literatura. E, bom lembrar-se da importância disso nestes tempos em que as pess

O Marcador de Página

Crédito da foto: L’Ecritoire Todas as boas histórias começam com um Era uma vez , a palavrinha mágica que nos leva a outros mundos. Eu amo estes começos e gosto muito de usar nos fatos que acontecem na realidade, porque muitas vezes eles são tão surreais, que merecem iniciar assim. Era uma vez uma semana repleta de planos e projetos. Eles saiam do papel como água, e o dia possuía mais de 24 horas, sem dúvida. Isso aconteceu na semana que passou. Gosto de contar que tenho certa paixão por Clubes de Leitura e Reading Circ le (Círculo de leitura). Semana passada um Círculo de Lei tura saiu do papel e foi para a vida real. No próximo dia 24 teremos um. O legal deste Círculo é que será realizado em um bairro carente deste tipo de evento. A ideia é movimentar culturalmente as pessoas. Evento aprovado, livro escolhido, divulgação feita acabo sempre pensando em alguns detalhes que sempre podem enriquecer mais o encontro. Sabe aquele cafezinho quentinho esperando o leitor? É tão bom che

Histórias da gente Brasileira V1

Os professores de história devem amar Mary Del Priori, porque ela é uma romancista de mão cheia. Seus livros, frutos de pesquisas profundas, são verdadeiros romances, tal a força da caracterização dos personagens que ela nos apresenta. Histórias da Gente Brasileira, volume 1, que abrange o período do Brasil Colonial é uma aula de um Brasil diferente daquele que vemos na escola. Ele fala do dia a dia de gente comum, sobre o trabalho, sobre o “ganha pão”, sobre o cotidiano. Mary nos transporta para uma viagem no tempo, e as cenas vão se passando na nossa frente, uma a uma, com tal riqueza de detalhes que conseguimos quase tocar as pessoas, sentir os aromas (às vezes não tão bons) entender como o ser humano daquela época convivia com a natureza e a falta de recursos. O livro é dividido em 3 partes. Na primeira , que se inicia com a “descoberta do Brasil”, intitulada Terra e Trabalho , Mary nos conta um pouco deste cotidiano duro da labuta diária. Na segunda parte , O Supérfluo e o

Be creative!

Quem conhece a obra de Tolkien sabe que ele criou a Terra Média,   lugar que todos que assistiram a pelo menos um filme conhecem e as terras imortais, para onde vão os Elfos. Em 2 de setembro de 1973 Tolkien partia para as Terras Imortais, e assim como Gandalf e todos os Elfos em O Senhor dos Anéis, deixou nossa “terra média” carente de sua criatividade e inventividade.  No entanto, a obra de Tolkien é tão vasta que até hoje estudiosos, sociedades, universidades estudam e descobrem novas facetas deste grande autor. Qual é o segredo de ser tão criativo assim? Já falei aqui em nossas prosas que a criatividade precisa sempre ser alimentada e nada melhor do que um bom livro para isso. Tolkien era um leitor ávido, estimulado por sua mãe desde criança mergulhou nos contos de fadas. Quando cresceu ampliou seu campo de interesse sem nunca deixar de estudar os mitos, as lendas e os contos de fadas. J.R.R.Tolkien era um filólogo, ou seja, alguém que estudas línguas e também um dos melhor

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