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Mostrando postagens de junho, 2012

Réquiem: sonhos proibidos

Pela primeira vez, desde que criei este blog, fiquei horas sentada diante do computador pensando em como descrever em palavras a sensação que a leitura de “Réquiem:sonhos proibidos”, livro de estreia de Petê Rissatti ( Editora Terracota ), me proporcionou. Vencida pelo óbvio de que a tarefa era impossível, já que só a leitura do livro daria a exata noção da história, coloquei mãos a obra para desvendar o que me era permitido. Quando o Petê publicou que iria lançar um livro e junto dele o resumo da trama fiquei muito curiosa. Sonhos sempre foram a minha paixão, e Freud e os pintores surrealistas minha obcessão. Então, obviamente fiquei contando as horas para ter o livro em mãos. E não me decepcionei. O livro de Petê é fluido, absorvente e como, a meu ver, todo romance deve ser: - impossível de largar sua leitura até o fim. É claro que não fiquei surpresa. Já tinha ouvido outras histórias pequenas de Petê, além de acompanhar seu blog e nenhum deles deixava dúvidas a resp

A tradição e o charme dos Sebos

Em geral, Sebos são uma tradição para boa parte dos amantes da literatura. Se não for pelo prazer de encontrar um volume já esgotado nas livrarias, ou pela vantagem do preço reduzido, mergulhar em um sebo é antes de tudo uma viagem no tempo. Quem nunca se viu diante de um livro com 50, 70 anos de idade, repleto de manchas e uma obscura dedicatória de alguém que nunca saberemos quem é para outro alguém que o acolheu por anos ou quem sabe décadas em sua estante. Teria gostado do conteúdo do livro? Teria dividido com seus amigos em conversas de bares, cafés? Haveria relegado o volume a um lugar obscuro da prateleira, esquecendo sua existência até que uma faxina o tenha transportado para um sebo? Quais foram os sentimentos desta pessoa ao ler aquelas páginas? Teria chorado? Algumas daquelas manchas seria uma lágrima que escapou de seus olhos? Ou, aquela ferrugem larga no meio do livro seria uma flor recebida de um amante? Se não fossem apenas essas perguntas, ainda c

Branca de Neve e o Caçador

Branca de Neve, dentre os contos infantis, é uma dos mais conhecidos e talvez não haja uma pessoa que não consiga contar a história decorada. O conto, assim como muitos outros, foram coletados pelos irmãos Grimm na Alemanha. Eram histórias contadas na região da Floresta Negra. O que poucas pessoas sabem é que esta versão adocicada, com anões fofos e cantores, uma Branca de Neve quase adormecida, faz parte de uma série de adaptações e simplificações que foram feitas ao longo de séculos para tornar o conto   em algo que as crianças pudessem entender, culminando com a versão bem elaborada de Wal Disney para o cinema. Na época da coleta dessas histórias, elas eram bem mais aterrorizantes e picantes. Na verdade eram tramas para serem ouvidas por adultos, a beira de uma lareira nas noites geladas de inverno. Por que eu fiz toda esta introdução? Fica um pouco difícil avaliar o filme Branca de Neve e o Caçador, se você não tiver conhecimento deste fato. O filme, bem mais próximo do q

SHADOW OF NIGHT

Capa do livro em Inglês Eu nunca publico promoções no blog, mas desta vez fui seduzida totalmente.  Já escrevi neste blog, há mais ou menos um ano e depois citei diversas vezes, a autora Deborah Harkness e seu livro encantador (nos dois sentidos) A Descoberta das Bruxas. Como toda boa literatura atual é uma trilogia, e o segundo livro já está pronto: "Shadow of Night". Neste livro Diana e Mathew vão até a Inglaterra Elizabetana em busca do Ashmole 782 e de uma bruxa poderosa para ensinar Diana. O lançamento nos Estados Unidos será em 10 de julho e segundo o site da autora “alguém” comprou os direitos do livro aqui no Brasil. Eu digo alguém por que até agora ninguém se manifestou dando a previsão de lançamento do livro em Português, o que é uma tristeza para todos nós. botons O livro está sendo promovido e finalmente uma boa notícia. O Blog “Tales of the Ravenous reader” está promovendo um sorteio que encerra-se no dia 9 de julho com os seguintes itens: - 1 cóp

Novidades sobre Literatura & Champanhe

De acordo com a pesquisa britânica “Do you love your Publisher?”, que tinha como objetivo saber quais eram atitude dos autores em relação aos seus editores, a maioria deles abandonariam seus publishers para consolidarem-se na autopublicação. No Brasil não poderia ser diferente. O Clube de Autores considerado o principal site de autopublicação do Brasil vem fazendo este trabalho há alguns anos com muita capacitação e criatividade. Hoje, já consolidado, realizou algumas “reformas” em seu site, o que facilitou a navegação e principalmente o pagamento das compras, evitando que o cliente virtual saia do ambiente da “livraria virtual” para efetuar o pagamento. Ficou muito mais rápido e fácil. Além disso, e ai nós autores estamos comemorando, o Clube de Autores criou um sistema de integração com livrarias virtuais, o que significa que os livros podem estar disponíveis em vários sites ao mesmo tempo. Por enquanto a conexão está sendo realizada com a AGBOOKS. Para quem quer com

Lançamentos de Junho

É uma tarefa meio inglória publicar lançamentos no Brasil, já que boa parte das editoras não mantêm datas em seus sites, e fica sempre aquela dúvida – Será? Pois bem, por isso manterei sempre a seguinte regra: - Editoras que postam datas de lançamentos de seus livros têm prioridade no Blog. Outros títulos virão sempre no final do post e sem data. Este mês parabenizo a Intrínseca e a Terracota por sua organização e detalhamento de suas obras e autores. 1/6 – O torreão Jennifer Egan A narrativa não convencional de Jennifer Egan —vencedora do Pulitzer de Ficção e do National Book Critics Circle Award em 2011 por A visita cruel do tempo — subverte os limites entre realidade e imaginação nesse romance neogótico sobre a bizarra estadia de Danny, um nova-iorquino viciado em celular, em um castelo medieval na Europa. Tradutor: FIGUEIREDO, RUBENS Editora:   INTRINSECA Edição: 1ª-   Ano: 2012 08/6 – Desejos dos mortos Kimbe

A Casa das Orquídeas

Não é sempre que um livro me surpreende, não mesmo. Acostumada a ler, quase sempre é possível traçar uma linha que nos remete a possíveis acontecimentos na trama. Esse não é o caso de A Casa das Orquídeas, da escritora irlandesa Lucila Riley. A trama deste bestseller europeu é tão intrincada, tão repleta de surpresas que é absolutamente impossível se antecipar aos fatos. Primeiramente pela forma que o livro foi escrito. Boa parte dele está em terceira pessoa, com algumas pitadas em primeira pessoa, em momentos que este narrador é absolutamente necessário. Além disso, A Casa das orquídeas foi escrito em um vai e vem temporal, que confesso, só havia visto em filmes. Você começa com o presente e de repente viaja aos primórdios da segunda guerra mundial. Depois, há uma volta ao presente, necessária, reabastecedora. Então, a escritora habilmente nos remete de volta ao final da guerra, com foco em um personagem masculino, que em um crescente nos leva da admiração plena a gr

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