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Postagens

Mostrando postagens de maio, 2025

Uma longa jornada

Este mês   Prosa Mágica fez 17 anos desta aventura pelos caminhos da internet. Tempos de alegria, de muita interação e carinho de cada um dos meus leitores. Não foi uma jornada fácil até aqui, mas o que sempre fortalecia era olhar para os e-mails, para as estatísticas e ver que mesmo sem um único texto novo vocês estavam lá, lendo as postagens antigas, comentando no particular comigo. Isso foi sempre renovador. Um blog não é nada sem seus leitores, então essa comemoração é sua, esses 17 anos é seu (isso mesmo, no singular, porque vejo cada um dos meus leitores como pessoa única). Comemore comigo, mande suas sugestões do que quer ver aqui neste novo ano de existência. Partimos rumo à maioridade. Talvez o blog Prosa vire um site. (?) Minha enorme gratidão a todos vocês, queridos leitores. Um grande abraço e um lindo final de semana.   Fotos: As imagens desta postagem foram geradas pelo Gemini.

Ainda Estou Aqui

Esqueça o filme. Esqueça as centenas de entrevistas que viu na TV. Esqueça os prêmios que o filme recebeu, esqueça todo “Auê” durante o período de divulgação do filme. O livro é muito mais, e quem viu o filme e não leu o livro está perdendo o melhor. Marcelo Rubens Paiva é um mestre das palavras, ele nos envolve em uma história emocionante. Tem partes que são poéticas que nos encanta, que nos faz chorar e refletir sobre a importância da vida e de Ser. Ainda Estou Aqui é muito mais que um livro sobre Eunice Paiva, é uma história sobre família, cooperação, alegria e tristeza. É algo que raramente encontramos hoje. Famílias não constroem mais memórias. Isso é raro. Quem viu o filme deve estar imaginando que o livro fala o tempo todo da ditadura militar, mas não é isso. Marcelo viaja pelas memórias que ele tem de garoto, adolescente. Ele nos mostra uma família que era feliz, que apesar de viver uma das piores fases do Brasil, ainda conseguia fazer trocas de carinho, de momentos de a...

Qual é o livro da sua vida?

Recebi um vídeo com esta pergunta. Difícil responder, muito difícil mesmo. Quem lê se apega a tantos livros, que a lista seria infindável. A Interpretação dos Sonhos, de Freud? A Metamorfose, de Kafka? O Senhor dos Anéis, de Tolkien? O Ponto de Mutação, de Fritjof Capra? A Casa das Orquídeas, de Lucinda Riley? A pergunta ficou na minha cabeça e segui minha caminhada com essa questão. (Consegui retornar as caminhadas) Pensar no livro da vida, aquele que te salvou do marasmo, da tristeza, ou da total ignorância não é uma tarefa fácil, mas é prazerosa. Em um país composto de 53% de não leitores, a pergunta parece um luxo, algo parecido como perguntar a alguém que mora em uma casa de dois cômodos quantas Ferrari ela teve na vida. Mas não é. Moro em uma casa pequena, nunca cheguei nem perto de uma Ferrari, no entanto sou uma leitora voraz. Em um ano ruim de leituras completo a marca de 20 livros ao final de 12 meses. Dá uma tristeza quando isso acontece, porque fico pensando em to...

Ficções

Li este livro em abril e desde então tenho pensado em como escrever uma resenha sobre ele. Qualquer coisa que eu fale aqui sobre Borges será pequena perto da imensidão deste grande autor, e do que os estudiosos de sua obra sabem e percebem em suas histórias. Decidi então que não vou me preocupar com o academicismo, mas sim com as impressões e sentimentos que ele me provocou. Ficções fez parte da conversa do Clube de Leitura do Clube Esperia em abril deste ano. Foi um dos encontros mais interessantes e polêmicos. Ricos em ideias, percepções, críticas e envolvimento com a obra. Foi tão rico que sem perceber, creio que atingimos uma percepção de Borges mais aprofundada, levando-se em consideração a complexidade da vida e do intelecto do autor. Borges não é para muitos. Precisa amar literatura, precisa gostar de desafios, precisa saber lidar bem com as frustrações quando uma obra não se desenvolve, quando parece que você está lendo em Sânscrito, quando as letras, as palavras e as fra...

O Despertar do Universo Consciente

Este livro do Marcelo Gleiser estava na fila para ser lido, aguardando   o momento ideal já que alguns livros necessitam de uma atenção redobrada, de uma carinho extra, do momento em que podemos dedicar muito mais de nós mesmos para a leitura. A leitura não me decepcionou, muito pelo contrário, foi como fazer uma viagem através de reflexões e observações do cotidiano, que já havia realizado, mas que o livro coloca sobre outra perspectiva. O conteúdo de “O Despertar do Universo Consciente” pode se representar claramente quando ele nos afirma que: “A história da vida na Terra é a história da Terra com vida.”(...)”A Terra e a vida são como a serpente Ouroboro, que morde a própria cauda formando um círculo fechado: quando a vida se fixa num planeta, os dois formam um todo inseparável.” Pág. 191 Marcelo Gleiser, ao longo das duzentas e cinquenta e duas páginas, nos leva a uma jornada de Criação, de interação, do retorno à importância que a Terra havia perdido com o advento da de...

As mãos e o cérebro

Outro dia vi um vídeo do Drauzio Varela falando da importância dos trabalhos manuais, das pessoas terem hobbies. Que usar as mãos para fazer algo como bordar, pintar, desenhar, construir peças de madeira, costurar etc., liberam neurotransmissores no nosso cérebro que nos dão prazer e também nos previnem de doenças. Na minha família sempre tivemos esse hábito. Minha mãe costurava, muito bem por sinal. Com os anos ela fez curso de pintura em tecido, bordava ponto cruz, fazia patchwork, ou seja, dentro do número limitado de horas que ela tinha sobrando sempre arranjava um tempinho para fazer algo diferente. Ela tinha uma cabeça muito boa e uma memória incrível. Acho que herdei dela essa vontade de usar as mãos para fazer algo. Já pintei telas, tecidos, painéis, bordei ponto cruz, fiz tricô e crochê, mas confesso que minha grande paixão sempre foi o desenho e o colorir (Além da escrita, claro). A escrita a mão também é uma atividade manual. Quando você escreve um diário, uma carta ou...

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