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Eu gosto de Escrever

Eu gosto de escrever. No texto podemos colocar mais pontos e vírgulas, que o leitor, se interessado vai até o fim. É bem diferente do diálogo. Na maioria das vezes quem ouve não deixa que a explicação chegue ao fim para emitir uma opinião. Geralmente na segunda frase as criticas chovem e o que era algo absolutamente positivo, passa a ser pivô de mal-entendidos.
No texto o leitor viaja, sorri, ri, gargalha, ou se contorce em lágrimas, sem nenhum constrangimento. É normal.
Eu gosto de escrever porque o texto é eterno. Depois de um tempo de existência, você retorna a ele e se depara com um ser estranho. É muito boa a sensação de “fui eu que escrevi isso?”. Ou então, quando releio algo e digo, “nossa, hoje eu faria completamente diferente”.
Texto é texto e não importa o gênero: e-mail, carta, crônica, poesia, conto, romance, teatro, tese, roteiro, sei lá, as inúmeras formas sempre nos trazem algum sensação, seja ela de alegria, repulsa, tristeza. É muito bom para a “saúde” a leitura de uma antiga carta de amor.
Quando escrevo vejo por traz daquela folha, da tela do computador, do desenho das letras, milhares de pessoas do outro lado, lendo cada linha e depois, me jogando para o esquecimento ou para a lista da boa leitura.
É bom demais e eu gosto.

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