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Eclipse, o fenômeno

A Saga vampiresca criada por Stephanie Meyer chega às telas em seu terceiro episódio. Finalmente o público poderá ver a continuação do amor “impossível” entre um vampiro e uma humana. Ir ao cinema assistir Eclipse é quase um prazer em retornar as priscas eras do cinema. Tempos que o filme Cinema Paradiso nos mostra primorosamente. Tempos em que Oh! Hummms! e palmas eram comuns. Foi o que vi, ontem assistindo Eclipse. - Uma delicia.
Em um cinema repleto de pessoas de todas as idades, e não só de adolescentes como era de se esperar, o filme começa com uma salva de palmas da platéia. Então a surpresa, a primeira cena é algo violento. É quando Riley se transforma em um vampiro pelas mãos, ou melhor, dentes da vampira demoníaca Victória. Só então o público é levado ao idílio de ver Edward e Bela em uma campina maravilhosamente florida.
O filme tem ritmo, tem cenário, tem sequência, mas peca um pouco quando deixa algumas partes absolutamente importantes de fora. Talvez Eclipse devesse ter 3 horas de filme, sei lá.
A Summit, empresa que realiza o filme, pecou muito no roteiro do filme, principalmente por ser o terceiro da série. Assim como a Warner fez com Harry Potter em Prisioneiro de Azkaban (3º filme da série), esperava-se que a Summit melhorasse a qualidade do roteiro e das sequências (3º filme já dá para conhecer bem a história), principalmente no que tange a separar o que realmente importa do que é supérfluo.
A sensação de que Bella fica dividida entre Edward e Jacob no filme é muito forte, quando na verdade, no livro da autora, Bella sabe muito bem o que quer desde Crepúsculo, amadurecendo a ideia ao longo dos outros dois livros. Na verdade ela passa da condição de precisar de Edward para querer Edward. Muito diferente de ficar em dúvida se ela vai ficar com o vampiro ou o lobisomem descamisado.
Outro detalhe que fará falta quando Amanhecer estrear nos cinemas foi o foco da relação entre Edward e Seth, o lobo prata que luta contra Riley na cena do penhasco. A amizade que surge entre os dois durante o momento de luta cria entre eles uma relação de irmãos que irá se desenvolver em Amanhecer.
O anel de noivado, belíssimo e a venda na internet, parece deslocado na cena. Bella não fica com ele, o que não justifica a pergunta de Edward (- Você tirou o anel?), para depois, no final do filme ele colocar o anel no dedo dela novamente. Afinal de contas, o anel estava com ele ou com ela?
O filme já é um sucesso de bilheteria. As vendas antecipadas chegaram, segundo alguns sites na internet, a 95 mil só no Brasil. Os atores Robert Pattison, Kristen Stewart continuam muito bem em seus papéis de vampiro e humana, a química entre eles é muito forte, o que ajuda na verdade das cenas.
Jacob, o lobisomem, causa furor em uma parte da platéia, mas o roteiro, ao deslocar a história para uma Bella dividida, faz com que Jacob se transforme em objeto sexual da platéia feminina, haja visto a falta de camisa durante quase todo o filme. O personagem perde um pouco de suas principais características. Vamos ver o que farão dele em amanhecer.
Eu assisti e gostei. As críticas são sempre no sentido positivo, mas elas servem apenas para quem leu os livros. Aos milhares de fãs que seguem a série apenas pelo cinema, vão amar o filme.

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