Pular para o conteúdo principal

Os Mumins


Não existe nada mais fascinante, extraordinário que a literatura infantil. Isentos de preconceitos, críticas desvalidas, as crianças se deixam apenas envolver pelas histórias e pelas ilustrações, sem grandes debates mentais sobre o valor intrínseco do que está lendo. Fato é que algumas histórias atravessaram os tempos, como contos coletados das antigas tradições.
A escritora finlandesa Tove Jansson (1914 – 2001) criou os Mumins, uma família de trolls, seres antropomórficos da mitologia escandinava, que assumem várias formas como um mutante. Os Mumins são “lindinhos”, todos pequeninos, branquinhos com enormes focinhos que nos remetem a hipopótamos.
Em português pode-se encontrar A Família Mumin traduzido pelo talento de Carlos Heitor Cony, que conta a história de um chapéu troll que pode transformar qualquer coisa. Em inglês há outros livros, mas eu recomendo o The Moomins and the Great Flood, que resumidamente trata de uma viagem da família Mumin e suas aventuras.
É importante ressaltar a importância da literatura na infância, que é a época em que se forma o verdadeiro leitor. É preciso dar a elas opções, um cardápio variado de títulos, autores e culturas. Se possível, o estimulo para a leitura em outra língua.
Ilustração Original do livro em inglês.
A literatura brasileira infantil é rica, repleta de histórias criativas, ilustrações incríveis, mas está recheada demais de algumas limitações do que pode ou não ser publicado para crianças. Quando você procura o internacional encontra outras temáticas que ajudam a criar no pequeno ser humano em formação, uma mentalidade mais pluralista.
Assim, uma boa estante infantil tem que ter obrigatoriamente Monteiro Lobato,  Maria Clara Machado, saci perere, boitatá, curupira ao lado de trolls, duendes, fadas, bruxas, Tove Jansson, Elizabeth Goudge e outros autores internacionais.

Comentários

Postar um comentário

Obrigada, seu comentário é muito importante.
Caso vá comentar no modo anonimo, por favor assine seu comentário.

Obrigada pela participação.

As mais vistas

A princesa dos olhos tristes

Se vocês me permitem um pequeno comentário intimo, há uma “mania” na família de minha mãe de colocar nome de princesas nas filhas. Naturalmente começou com a minha, que me batizou de Soraya (em homenagem a princesa da Pérsia, Soraya Esfandiary Bakhtiari), depois minha prima batizou sua filha de Caroline (Homenagem a filha da belíssima Grace Kelly, rainha de Mônaco) e alguns anos depois, meus tios colocaram o nome de Anne (princesa da Grã Bretanha), em minha prima. Então é fácil imaginar que vivemos em clima de “família real” boa parte de nossa infância e adolescência. Mas, de todas as histórias reais, a que mais me intriga e fascina é a da princesa da Pérsia, por ter sido uma história de amor com final infeliz, mas não trágico. Soraya foi a esposa e rainha consorte de Mohammad Reza Pahlavi, Xá da Pérsia. Conheceram-se na França, na época em que Soraya fazia um curso de boas maneiras em uma escola Suíça. Logo ela recebeu um anel de noivado com um diamante de 22,37 quilates. O casamento ...

Inferno

Autor:  Dan Brown Tradutor: Fabiano Morais e Fernanda Abreu Editora:  Arqueiro Número de páginas:  448 Ano de Lançamento:  2013 (EUA) Avaliação do Prosa Mágica:   9                               Gênio ou Louco? Você termina a leitura de Inferno e continua sem uma resposta para esta pergunta. Dan Brown nos engana, muito, de uma maneira descarada, sem dó de seu leitor, sem nenhuma piedade por sua alma. O autor passa praticamente metade do livro te enganando. Você se sente traído quando descobre tudo, se sente usado, irritado, revoltado. Que é esse Dan Brown que escreveu Inferno??? Nas primeiras duzentas páginas não parece ser o mesmo que escreveu brilhantemente Símbolo Perdido e Código D’Vince.  Mapa do Inferno. Botticelli. Então, quando você descobre que está sendo enganado, as...

Setembro

Autor:   Rosamund Pilcher Tradução: Angela Nascimento Machado Editora:  Bertrand Brasil Número de páginas: 462 Ano de Lançamento: 1990 Avaliação do Prosa Mágica:   10                         É uma história extremamente envolvente e humana que traça a vida de uma dúzia de personagens. A trama se passa na Escócia, e acontece entre os meses de maio a setembro, tendo como pano de fundo uma festa de aniversário que acontecerá em grande estilo. Violet, que me parece ser a própria Rosamund, costura a relação entre as famílias que fazem parte deste romance. Com destreza e delicadeza, a autora   nos conta o cotidiano destas famílias, coisas comuns como comer, fazer compras, tricô, jardinagem. Problemas pessoais como a necessidade de um trabalho para complementar a   renda e outras preocupações do cotidiano que surpreendem pela beleza...

Seguidores