Pular para o conteúdo principal

As Sete Irmãs

Autor: Lucinda Riley
Tradutor: Elaine Cristina Albino de Oliveira
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 560
Avaliação do Prosa Mágica: 9


Não sei dizer se o que há de mais fascinante neste livro é a trama ou a capacidade da autora captar a “essencialidade de ser” do brasileiro.
Lucinda Riley mais uma vez surpreende com um livro complexo, rico em história e com uma capacidade de nos levar a reflexões sobre nosso próprio povo.
As Sete Irmãs é o primeiro livro de uma septologia, que contará a história de 6 irmãs que foram adotadas pelo milionário Pá Salt e viveram parte de suas vidas em uma ilha paradisíaca em Genebra.
O primeiro livro nos conta a vida de Maia, a filha mais velha, que após a morte do pai se vê diante de uma carta misteriosa deixada por ele, um pedaço de azulejo e coordenadas que a leva a viajar ao Brasil para descobrir suas origens. É neste instante que a jovem Maia conheça Izabela, uma mulher do passado, conectada com sua família e com a força e resignação de um gigante.
Não quero detalhar demais a trama, por que isso você pode encontrar muito fácil pela internet, mas contar um pouco da importância da localização desta história.
Autora com a capa da edição Inglesa.
Bem mais bonita que a Brasileira.
Lucinda Riley nos traz a rica história da construção do Cristo Redentor, desde a sua concepção aqui no Brasil por Heitor da Silva Costa, até a elaboração do modelo da escultura na França pelo escultor Paul Landowski e seu assistente Laurent Brouilly. Nesta realidade intrigante e emocionante sobre esta obra monumental, a autora insere a fictícia Izabela Bonifácio, filha de um rico comerciante de café, que usa a filha como ultima cartada na ascensão social em uma sociedade carioca ainda voltada a valores da época do império.
É uma história épica, repleta de atos de resignação, lutas inglórias e amores que nos emocionam.
Eu gostei muito da personagem Maia. Você vai descobrindo aos poucos que a aparente fragilidade dela não existe, que há um segredo terrível que a atormenta e que ao ser revelado nos mostra que, assim como Izabela, Maia preciso fazer um opção difícil. Bem, se esta escolha era algo pautado por uma verdade ou um pré-julgamento é algo que só saberemos daqui a alguns anos, quando o último livro for lançado.
Alias, não posso esquecer-me do final emocionante que nos aguça a curiosidade em saber quem é a pessoa do outro lado da linha.
Achei esta capa na internet,. É linda.
Mais uma vez Lucinda nos levou a um vai e vem temporal delicioso.
Eu simplesmente adorei passar uma parte do meu tempo nas ruas do Rio de Janeiro. Seu retrato é tão fiel que você sente vontade de pegar um avião e correr para lá, rever os cenários e dançar em um dos salões da velha Lapa.
Saiba, no entanto, que a leitura é viciante e a frustração de acabar é inevitável. Os recursos de linguagem e construção de texto que a autora se utiliza nos prendem do começo ao fim.

Só há um porem. A Editora Novo Conceito continua colocando seus livros com erros de revisão gritantes. A pressa excessiva sempre foi inimiga do português. Erros se justificam em jornais, blogs, internet pela rapidez que demandam, mas livros são produtos a longo prazo que deveriam ser exaustivamente revisados antes de serem impressos.

Comentários

  1. Oi, Soraya.
    Desde aquele evento no Shopping Morumbi em que nos encontramos, estou sempre me prometendo que vou ler algum livro da Lucinda. No entanto até hoje ainda não consegui cumprir essa promessa! rs...
    Sua resenha só me deixou com mais vontade de conhecer o trabalho dela!
    beijos
    Camis - Leitora Compulsiva

    ResponderExcluir
  2. Camila, eu não acredito que você ainda não leu nada dela!!!
    Para começar recomendo A Casa das Orquídeas. Em minha opinião é o melhor de todos.
    bjs

    ResponderExcluir
  3. Olá!

    Realmente a leitura é rica em detalhes e a trama nos insere na história da época e na vida dos personagens. Estou ansiosa para concluir a leitura do livro!

    Parabéns pelo blog!

    Gabriela Marinho Sant'Anna Marin

    ResponderExcluir
  4. Oi Gabriela, Obrigada por visitar o blog. Quando terminar a leitura me escreva contando suas impressões.
    bjs
    Soraya

    ResponderExcluir
  5. Ei Soraya.
    Só agora estou lendo as Sete irmãs. Estou adorando.
    Você mencionou acima o livro "A casa das orquídeas" tem algo haver com as Sete irnas5?

    ResponderExcluir
  6. Ei Soraya.
    Só agora estou lendo as Sete irmãs. Estou adorando.
    Você mencionou acima o livro "A casa das orquídeas" tem algo haver com as Sete irnas5?

    ResponderExcluir
  7. Oi Mari, a Lucinda Riley é sensacional.
    Não, A Casa das Orquídeas foi o primeiro livro da autora a ser publicado no Brasil. É um livro único, e um dos melhores da autora.
    Obrigada por comentar.
    bjs

    ResponderExcluir
  8. Terminei de ler o primeiro livro agora. Achei fenomenal.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigada, seu comentário é muito importante.
Caso vá comentar no modo anonimo, por favor assine seu comentário.

Obrigada pela participação.

As mais vistas

A princesa dos olhos tristes

Se vocês me permitem um pequeno comentário intimo, há uma “mania” na família de minha mãe de colocar nome de princesas nas filhas. Naturalmente começou com a minha, que me batizou de Soraya (em homenagem a princesa da Pérsia, Soraya Esfandiary Bakhtiari), depois minha prima batizou sua filha de Caroline (Homenagem a filha da belíssima Grace Kelly, rainha de Mônaco) e alguns anos depois, meus tios colocaram o nome de Anne (princesa da Grã Bretanha), em minha prima. Então é fácil imaginar que vivemos em clima de “família real” boa parte de nossa infância e adolescência. Mas, de todas as histórias reais, a que mais me intriga e fascina é a da princesa da Pérsia, por ter sido uma história de amor com final infeliz, mas não trágico. Soraya foi a esposa e rainha consorte de Mohammad Reza Pahlavi, Xá da Pérsia. Conheceram-se na França, na época em que Soraya fazia um curso de boas maneiras em uma escola Suíça. Logo ela recebeu um anel de noivado com um diamante de 22,37 quilates. O casamento ...

Inferno

Autor:  Dan Brown Tradutor: Fabiano Morais e Fernanda Abreu Editora:  Arqueiro Número de páginas:  448 Ano de Lançamento:  2013 (EUA) Avaliação do Prosa Mágica:   9                               Gênio ou Louco? Você termina a leitura de Inferno e continua sem uma resposta para esta pergunta. Dan Brown nos engana, muito, de uma maneira descarada, sem dó de seu leitor, sem nenhuma piedade por sua alma. O autor passa praticamente metade do livro te enganando. Você se sente traído quando descobre tudo, se sente usado, irritado, revoltado. Que é esse Dan Brown que escreveu Inferno??? Nas primeiras duzentas páginas não parece ser o mesmo que escreveu brilhantemente Símbolo Perdido e Código D’Vince.  Mapa do Inferno. Botticelli. Então, quando você descobre que está sendo enganado, as...

Setembro

Autor:   Rosamund Pilcher Tradução: Angela Nascimento Machado Editora:  Bertrand Brasil Número de páginas: 462 Ano de Lançamento: 1990 Avaliação do Prosa Mágica:   10                         É uma história extremamente envolvente e humana que traça a vida de uma dúzia de personagens. A trama se passa na Escócia, e acontece entre os meses de maio a setembro, tendo como pano de fundo uma festa de aniversário que acontecerá em grande estilo. Violet, que me parece ser a própria Rosamund, costura a relação entre as famílias que fazem parte deste romance. Com destreza e delicadeza, a autora   nos conta o cotidiano destas famílias, coisas comuns como comer, fazer compras, tricô, jardinagem. Problemas pessoais como a necessidade de um trabalho para complementar a   renda e outras preocupações do cotidiano que surpreendem pela beleza...

Seguidores