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10 anos escrevendo um blog

Escolhi esta imagem por que me lembra Harry Potter e
metaforicamente a viagem que fazemos ao mergulhar na leitura.
O tempo passou muito rápido? O tempo passou muito lento? Ou fui eu que me encantei e voei nas asas do tempo? Sei lá. Nunca sei responder quando os paradoxos invadem minha cabeça.
Aquela história de “parece que foi ontem” não dá a dimensão exata do que senti ao perceber que já se vão 10 anos escrevendo um blog. E que, agora parece complexo demais para descrever em apenas um único post de algumas linhas.
- Por que escrevo? – Talvez esta seja a grande pergunta. E agora neste momento paro para pensar.
Escrevo por que respiro e como o ar que invade meus pulmões, as ideias, os comentários, a vontade de por no papel o que sinto e penso invade meu ser. São os meus alienígenas particulares.
Hoje, trabalhando em uma feira do livro beneficente, me vi cercada de centenas de livros, cada um com uma cara, cada um com uma energia diferente. Alguns continham recortes de jornal, como a edição bem antiga de O Vento Levou, que tinha no meio de suas páginas um desenho de Vivian Leigh em seu famoso vestido verde. Em outro encontrei um papel amarelado, com um poema escrito por quem leu. Era de 1951 e confesso que fiquei curiosa para saber quem era a mulher.
Quando você se vê diante de livros antigos, muitas vezes já esgotados, o mero impulso de compra para a leitura se contrabalança com a vontade de saber quem leu aquilo, o que achou. As bancas com os volumes funcionam como um código antigo, que precisa ser decifrado para entender que um livro só é bom quando ele está vivo nas mãos de alguém.
Por que estou falando tudo isso agora? Por que não poderia homenagear o meu próprio blog, a não ser que encontrasse um sentido mais profundo de explicá-lo, de expressar o quando é vital. E quer algo mais especial que uma feira de livros usados para nos mostrar o quanto somos privilegiados em poder expressar digitalmente, o que aquelas pessoas puderam expressar apenas verbalmente?
Isso é um blog. Troca de ideias. E, como gosto de escrever, este post inicia algo que estou chamando provisoriamente de Prosa de sábado.
Obrigada por me acompanhar e espero que possamos estar cada vez mais próximos.

Parabéns a você leitor, pois sem você, Prosa Mágica não existiria.


PS: Encontrei quatro livro da série Vagalume. Em breve no blog.

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