Engana-se quem pensa que o universo é feito de tijolos. Somos feitos de energia, e através dela vivemos, vemos, construímos e pertencemos ao Cosmos.
Nada se perde nessa energia, nada se ganha,
mas há a transformação. Ela se apresenta a nós por via das estações do ano, da
borboleta que sai do casulo, da morte, da reciclagem de objetos, da estrela que
vira pó, e espalha sua poeira no Universo; do pó das estrelas que compõe cada
uma de nossas células. Você percebe que tudo e todos estão interligados? Que o
ato de um pode atingir a totalidade?
Quanta responsabilidade! Que força! Quanto
poder de transformação!
Os físicos sabem que tudo o que olhamos é
um pedaço de realidade, que nada é sólido. Aquela poltrona linda e confortável,
na qual nos sentamos e sentimos segurança, em um mundo subatômico está em movimento.
Que a parede de nossa casa está dançando, e só a enxergamos sólida por um mecanismo
de nosso cérebro. Que as cores das flores, dos objetos, das roupas, do cabelo
não existem, elas são frequências de ondas que nosso cérebro decodifica e
transforma em cores.
Que encantamento é pensar em um mundo que
dança, cuja dança não vemos, mas sentidos porque dançamos com ele; como a pedra
que jogamos no meio do lago formando ondas que se movem e atingem todos os
pontos deste lago, mesmo aquele que não viu a pedra cair.
Tenho pensado muito nessa riqueza da vida,
nesta poesia que está diante de nossos olhos e não damos conta dela, desta
maravilha que muitos chamam de milagre, mas o nome certo é ciência.
Talvez o ato de não ver seja porque não se
quer enxergar, porque ao ver e compreender tudo isso vislumbramos a nossa
responsabilidade em tudo o que acontece: o que é bom, e o que é ruim, também.
Mudanças ocorrem quando transformamos o
olhar. Um ato de tolerância pode ser um conflito a menos no mundo. O bom dia
sorridente dito ao balconista carrancudo e mal educado pode ter um efeito ”devastador”
na vida da pessoa. É a luz que faltava para que ela seguisse em frente, se
transformasse.
Uma nova “arquitetura” do mundo começa com
a mudança de nossas palavras, com a valorização do que realmente importa, com o
abandono do vocabulário pobre em conteúdo, com o “dar aos outros, o que
queremos para nós”.
E, quem não quer harmonia, equilíbrio e
alegria? Tenha essas palavras em mente, repita a todo o momento, até que a
dança do Universo as absorva e transforme você em uma pessoa melhor, em um
dançarino das estrelas. Já será o inicio de um mundo diferente.
Um lindo final de semana.
Parabéns pela publicação.
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