Quantos anos você tinha quando descobriu que...? - Confesso, sem nenhuma vergonha de dizer: Esta frase me irrita profundamente. Tenho visto indiscriminadamente o uso desta frase como título de anúncios, matérias na internet, quase sempre ligado a fatos bobos e sem sentido como: - Quantos anos você tinha quando descobriu que a pazinha se encaixa na vassoura? - Quantos anos você tinha quando descobriu que o buraco no cabo da panela era para colocar colheres? - Quantos anos você tinha quando descobriu que o grampeador tinha um compartimento secreto? - Quantos anos você tinha quando descobriu que não existia a rebimboca da parafuseta? E, eu pergunto: - Quantos anos você tinha quando descobriu que tudo isso é uma grande bobagem para chamar sua atenção e fazer leitura de um texto que não vai te acrescentar nada, mas vai gerar tráfego e alguma forma de retorno para quem publicou? Ainda não descobriu? Então vamos lá. Qual é a relevância de uma pá de lixo se encaixar no ca
“Aquele foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos, foi a idade da razão, a idade da insensatez, a época da crença, a época da incredulidade, a estação da Luz, a estação das trevas...” Um Conto de duas cidades, Charles Dickens Impossível não se deliciar com este inicio de parágrafo do livro de Charles Dickens. Curioso, ambíguo, no qual logo de cara você percebe que o autor inicia sua história falando das contradições do tempo que vai contar. Isso literalmente prende o leitor, mas não garante a leitura do restante do livro. Então, o que prende o leitor? O que faz alguém continuar a leitura? Existem varias teses sobre isso, algumas beiram até a adivinhação, mas nenhuma delas tem tanto consenso quando a ideia do primeiro parágrafo. Ok querido leitor, concordo que o primeiro parágrafo é essencial, concordo que aquela primeira frase pode conter um texto tão brilhando que você irá ficar com vontade de ler o livro, mas assim como a primeira impressão de uma pessoa, esta meto