Sigo para o 3º dia de caminhada e por sorte ele está bonito. O céu azul repleto de nuvens claras apresenta-se como uma luz. Escolhi a Vila Leopoldina porque o bairro sempre me chamou a atenção. Ruas recheadas de verde, um povo educado que passa pelas calçadas e te dá bom dia com um sorriso no rosto. É agradável caminhar por lá. Paro o carro na mesma praça, cuja banca de jornal resiste ao tempo e a falta de leitores. Sempre considerei as bancas de jornal um pequeno paraíso. É um lugar de deleite, no qual eu parava por muitos minutos e olhava as revistas, as manchetes dos jornais. Sempre saia de lá com pelo menos dois exemplares. Hoje em dia banca de jornal vende de doces até brinquedos. Para a tristeza de quem valoriza a cultura, os calhamaços de jornal parecem servir unicamente para suprir as necessidades dos Pets. Será que ninguém lê mais? Acerto o meu aplicativo de caminhada e começo a jornada que será leve por conta das incontáveis árvores que permeiam o bairro. Se tem algo que ...
Este livro foi um presente de uma grande amiga. Li em pouco mais de dois dias. Na trama, que corre em dois tempos diferentes, no presente e no século XVIII, uma mulher do passado Nella se conecta com outra do presente Caroline, e apesar da distância que as separa ambas parecem viver os mesmos dilemas. Nella, a mulher do passado, manipula venenos e os vende apenas para as mulheres. A Caroline do presente é uma mulher com um relacionamento fracassado que perdeu sua identidade por conta de um amor. A principio você tem a sensação de ler um livro banal, cuja estória se conecta com outras muito juvenis. No entanto, com o passar das páginas é possível se conectar com um universo que pertence única e exclusivamente à nós, mulheres. (Não estou dizendo que este livro é um livro para mulheres, longe disso). Quando a autora coloca Nella vendendo venenos para que as mulheres possam se livrar de seus maridos, algozes terríveis que as maltratam, que as têm como objetos de uso e descart...