Pular para o conteúdo principal

Redução da Jornada de Trabalho

A aprovação por uma comissão da Câmara dos Deputados, de Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que reduz a jornada máxima de trabalho para 40 horas semanais, e aumenta de 50% para 75% a remuneração da hora extra não fará, no Brasil de hoje, muita diferença em termos de aumento do número de vagas de trabalho.
Este número de horas já é largamente empregado pelas empresas, sendo que pouquíssimas, dentre elas as ligadas à produção, que ainda mantém a jornada em 44 horas.
Só para se ter uma idéia, a Emenda Constitucional está tramitando a 14 anos no Congresso Nacional, e é claro, que a temática está defasada se considerarmos a realidade atual.
Um aumento real de vagas só viria se o Brasil adotasse uma política agressiva, como fez a França, reduzindo a jornada para 35 horas por semana e uma proibição tácita da realização de horas extras.
Além disso, uma passada rápida pelas propostas votadas no Congresso Nacional é possível ver que existem idéias completamente opostas no que se refere a este assunto o que demonstra uma grande falta de acordo sobre o tema.
A C.L.T (Consolidação das Leis do Trabalho) criada na época de Getulio Vargas foi, a seu tempo, um grande avanço para o trabalhador brasileiro, mas encontra-se totalmente obsoleta nos dias de hoje.
Em uma era onde, cada vez mais, trabalhadores desenvolvem seu oficio sem sair de casa, através de meios eletrônicos como internet, vídeo-conferência etc, rompe com a relação contida nos artigos 2º e 3º da CLT que reconhece como empregado: pessoa física que mantém relação de pessoalidade, habitualidade, subordinação e onerosidade.
Além disso, experiências internacionais dão conta que, não é a determinação do número de horas que irá caracterizar trabalho, mas sim a qualidade e o cumprimento da tarefa. Enquanto a lei brasileira e as empresas não pensarem assim, nada mudará.
É certo que existem algumas profissões que precisam, por força maior que o empregado cumpra horário, mas é correto também que, em boa parte do trabalho o importante é cumprir a tarefa, “não importando” se para isto dispensará 25 horas semanais ou 40. Depende da habilidade e vontade do trabalhador.
Cabe então, a cada um de nós, refletir sobre o trabalhar e exigir de nossos governantes atitudes concretas que auxilie o aumento do emprego no país, mas que contemple o trabalhador do séc. XXI.


Links de interesse:
Revista Veja
Administradores.com.

Comentários

  1. Voce está certa quanto ao horário reduzido não trazer maior número de empregos, pois a quantidade de empregos está diretamente ligada a investimentos maciços na produção de bens e serviços. O custo do empregado para as empresas é muito pesado, temos a visão errada de que o empregador só tem despesas com salários em relação aos empregados.Realmente tem que se rever as leis trabalhistas para um desenvolvimento sustentável do País e acima de tudo acabar com a corrupção que é demais para os nossos bolsos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigada, seu comentário é muito importante.
Caso vá comentar no modo anonimo, por favor assine seu comentário.

Obrigada pela participação.

As mais vistas

Inferno

Autor:  Dan Brown Tradutor: Fabiano Morais e Fernanda Abreu Editora:  Arqueiro Número de páginas:  448 Ano de Lançamento:  2013 (EUA) Avaliação do Prosa Mágica:   9                               Gênio ou Louco? Você termina a leitura de Inferno e continua sem uma resposta para esta pergunta. Dan Brown nos engana, muito, de uma maneira descarada, sem dó de seu leitor, sem nenhuma piedade por sua alma. O autor passa praticamente metade do livro te enganando. Você se sente traído quando descobre tudo, se sente usado, irritado, revoltado. Que é esse Dan Brown que escreveu Inferno??? Nas primeiras duzentas páginas não parece ser o mesmo que escreveu brilhantemente Símbolo Perdido e Código D’Vince.  Mapa do Inferno. Botticelli. Então, quando você descobre que está sendo enganado, assim como o brilhante Robert Langdon, a sua opinião vai se transformando lentamente, e passa de pura revolta a admiração. É genial a manipulação que Dan Brown consegue fazer c

Setembro

Autor:   Rosamund Pilcher Tradução: Angela Nascimento Machado Editora:  Bertrand Brasil Número de páginas: 462 Ano de Lançamento: 1990 Avaliação do Prosa Mágica:   10                         É uma história extremamente envolvente e humana que traça a vida de uma dúzia de personagens. A trama se passa na Escócia, e acontece entre os meses de maio a setembro, tendo como pano de fundo uma festa de aniversário que acontecerá em grande estilo. Violet, que me parece ser a própria Rosamund, costura a relação entre as famílias que fazem parte deste romance. Com destreza e delicadeza, a autora   nos conta o cotidiano destas famílias, coisas comuns como comer, fazer compras, tricô, jardinagem. Problemas pessoais como a necessidade de um trabalho para complementar a   renda e outras preocupações do cotidiano que surpreendem pela beleza que são apresentadas. É um livro em camadas, que pode ser avaliado sobre vários aspectos que se complementam. Pandora, por exemplo, é o

O Símbolo Perdido

Autor: Dan Brown Tradutor:   Fernanda Abreu Editora: Sextante Ano de Lançamento:  2009 Número de páginas:  490 Avaliação do Prosa Mágica: 10 Uau!! Cheguei ao fim com a impressão de ter ficado sem respirar por todas as páginas. O ano mal começou e já tenho um livro para a lista dos mais queridos de 2014. Não é possível que ele seja superado por outro. Você não precisa ser exatamente um amante de simbologia antiga, ou maçom para gostar da história, mas se for com certeza a trama terá mais sabor. Dan Brown desfila através das palavras todo seu talento em “fazer textos” que envolvem, prendem  e deixam marcas. Alias, a palavra é a tônica da trama. Mais uma vez Robert Langdom se mete em uma enrascada. Quando é supostamente chamado por um amigo para dar uma palestra em Washington, acaba descobrindo que foi usado para decodificar um antigo segredo ligado a maçonaria. A Pirâmide Maçônica, material de incontáveis sites e blogs na internet toma vida e as peças que pare

Seguidores