Confesso, prefiro as gostosuras. Mas esta semana estava no metrô e escutei uma conversa nem um pouco gostosa. - Essa coisa de Halloween é coisa do demo. – Dizia uma mulher. - É sim fulana. Gente se vestindo de caveira e fantasma...vão todos para o inferno. – A outra senhora se benzia. - É uma festa que não é do Criador! Fiquei rindo por dentro enquanto ouvia o bate papo. Chega outubro é sempre a mesma história. Tem o povo que chama a festa de coisa do demo, e tem o outro lado que tenta enfiar o Saci por decreto. Quando dava aulas de inglês empreendi uma pesquisa profunda sobre o tema, já que precisava convencer uma parte dos pais a deixarem seus filhos participarem da festa, porque uma língua se aprende dentro de seus elementos culturais. Na pesquisa que fiz descobri que a festa não poderia ser mais sagrada e voltada a caridade, pelo menos em suas origens. O nome vem do inglês e significa a véspera do dia de todos os Sagrados (All Hallows Eve). Na data, os antigos Celtas
Cresci olhando o céu noturno, imaginando o que teria além do que via a olho nu, do que olhava nos livros ou tinha o privilégio de assistir no planetário de São Paulo. Cada estrelinha, galáxia visível, lua inspirava a muitas perguntas, quase sempre respondidas pelo meu pai. Uma noite estrelada sempre foi uma festa para meus olhos, um convite para o saber, para buscar o conhecimento, mesmo quando não tinha noção de que estava fazendo isso. Talvez por ser assim, a imagem desta postagem sempre me chamou a atenção. Um homem que chega ao fim do mundo e tem a coragem de olhar além, de ver o que existe por trás daquele véu que o envolve é alguém extremamente sábio, uma pessoa que busca sempre aumentar sua ilha do conhecimento. Olho para ela e penso: - O que ele sentiu ao espiar através da bolha do mundo? – Houve maravilhamento? – Ele teve medo ou espanto? Seja qual for o sentimento, quando ele deixou de olhar não era mais a mesma pessoa que observou, tinha se tornado um outro homem. Pe