Li uma postagem nas redes sociais que falava: “Comece dando uma volta; Comece lendo uma página; Comece gravando um vídeo; Comece gerando uma renda; Comece ajudando uma pessoa; Comece fazendo um exercício; Comece escrevendo um parágrafo etc.” Ela me fez refletir sobre a importância de começar algo, de não deixar para depois, de não encontrar desculpas para adiar o que deveria ter começado naquele exato instante. Seres humanos têm medo, por isso muitas vezes não começam. Em seu intimo acreditam que não são capazes de fazer aquilo, e com medo da decepção não fazem. Isso se reflete no cotidiano, no olhar para o mundo e para as coisas. Quando, erroneamente, você olha para o outro e vê que ele realiza e você não, percebe que seu lugar de ação talvez não esteja correto — e isso causa sofrimento. Provavelmente essa seja uma das maiores dores secretas de uma pessoa. Quando o autor da postagem instiga a começar dando uma única volta, ele es...
Fahrenheit 451 , escrito por Ray Bradbury, é uma obra clássica da ficção científica que nos transporta para um futuro distópico onde os livros são proibidos e a sociedade vive anestesiada por distrações e superficialidade. Nesse mundo, bombeiros como Guy Montag não apagam incêndios — eles queimam livros. E com eles, queimam ideias, memórias, e vozes. O título faz referência à temperatura em que o papel entra em combustão, simbolizando a destruição literal do conhecimento. O livro nos faz pensar: o que acontece com uma sociedade que silencia todas as vozes que questionam, que incomodam, que ousam pensar diferente? Montag, o protagonista, começa como um agente da censura, mas tudo muda quando conhece Clarisse, uma jovem que o faz perceber o vazio da vida sem reflexão. Ele então começa a questionar o sistema e a redescobrir o poder dos livros — e de seu próprio lugar de fala. Esse conceito, aliás, é essencial para entender a força simbólica do livro. O Lugar de fala na obra é mais d...