Imagem: Freepik Ser mulher é caminhar com a alma exposta. É sentir o mundo com uma sensibilidade que toca e corta. É carregar delicadezas que muitos confundem com fraqueza e cicatrizes que poucos conseguem enxergar. Ser mulher é existir — e resistir. É erguer-se todos os dias mesmo quando o chão treme, mesmo quando o medo lateja, mesmo quando o mundo insiste em apertar a nossa voz. Carregamos dentro do peito uma força antiga, com a coragem que não grita, mas sustenta. Uma coragem feita de madrugadas, histórias silenciosas, e tudo aquilo que nunca coube nos livros de história. E, ainda assim, seguimos. Seguimos mesmo quando a segurança é luxo, quando a igualdade é promessa, quando o respeito é negociado em olhares que nos medem como se fôssemos menos, ou como se fôssemos demais. Ser mulher é ser tantas. É ser oceano que abraça e tempestade que desperta. É ser casa, mas também vento. É ser raiz, mas também voo. Mulher é um Universo...
Quando estava na faculdade de Propaganda saía pelas ruas de São Paulo com minha Nikon FM para retratar curiosidades, uma sombra inusitada, um rabisco no muro, um prédio meio torto (Existiam muitos), tudo era motivo para transformar em arte. Eu fazia o que mais gostava como exercício do olhar, como uma forma de encontrar novas linguagens, novas formas de expressão. Naquele tempo, usava um bom filme em película, sempre preto e branco, e me encantava quando entrava no laboratório e via a imagem aparecer no papel. Era pura magia. Dentre pessoas, prédios, árvores, ruas vazias que fotografei, tem uma foto que marcou, que até agora povoa minha cabeça. Foi na simplicidade que encontrei a maior simbologia do que hoje, faz parte das grandes discussões mundiais. Era um domingo, a Avenida Paulista repleta de pessoas passeando (Ainda não tinham fechado a rua) e lá no alto, presa no concreto duro e robusto do prédio da FIESP pendia uma planta, solitária e resistente. No meio do concreto, q...