Em primeira ou terceira pessoa? Narrador personagem ou narrador-deus? Escrever não é tão fácil como pregava Neruda “você começa com maiúscula e termina com ponto e no meio você coloca ideias”. Escrever é um ato de despojamento e cada escritor tem as suas superstições, manias e fobias. Eu, por exemplo, gosto de pegar meu notebook, ou meus caderninhos de anotações e passar algumas horas na Livraria Cultura do Shopping Bourbon. Sinto que o espírito e a essência dos milhões de escritores circulam por lá, entre as prateleiras de títulos. É verdade! É como se cada um deles: Neruda, Rowling, Austen, Meyer, Shakespeare, Proust, Rosa, entre tantos, como seres invisíveis nos inspirassem a fazer o trabalho braçal de escrever capítulo a capítulo de um romance. Acreditava que isto era superstição, mania, até ler o artigo “A Vida Secreta das Palavras” , na revista Serafina, de maio, que conta sobre o escritor angolano José Eduardo Agualusa (Barroco Tropical, Cia das Letras). Convidado a escrever e...