Quem não gostaria de ter recebido uma carta do Papai Noel quando criança? Na minha infância (até hoje em dia) sempre gostei de trocar cartas com as pessoas, e teria ficado muito feliz se o “papai Noel” tivesse escrito uma para mim.
Alegrias a parte, é incrível ver a forma como
Tolkien cultivou a imaginação de seus filhos, o cuidado em cada carta, os
detalhes dos selos, das ilustrações, tudo planejado de forma a manter a
infância deles munida da dose certa de fantasia.
As cartas correspondem ao intervalo entre os anos
de 1920 a 1943 e traz histórias curtas e divertidas nas quais o Papai Noel
apresenta seu cotidiano ao longo do ano, as travessuras do Urso Polar, os
Elfos e os terríveis Goblins e suas maldades.
São cartas de todos os tamanhos que muitas vezes relatam
as dificuldades da época vivida pelo autor. Tem uma carta, por exemplo, de 1939
na qual o Papai Noel Tolkien diz:
“Estou muito ocupado, e as coisas estão bem
difíceis este ano por causa dessa guerra horrível. Muitos dos meus mensageiros
não voltaram(...)”
Nesta carta ele compartilha um pouco das
dificuldades da segunda guerra mundial. Há outras passagens interessantes, na
qual você acompanha as dificuldades financeiras do autor.
Agora, um ponto bem importante são as ilustrações feita
por Tolkien, que se revelou um grande artista plástico. São pinturas que
retratam o Polo Norte, os desastres acontecidos na oficina do Papai Noel e
outros fatos, que são alimento para a imaginação.
Tolkien também tinha o cuidado de postar as cartas. Às vezes, elas chegavam pelo correio de outros países, outras eram encontradas por debaixo da porta com selos bonitos. E assim como as cartas chegavam repentinamente, as que eram escritas pelos filhos do escritor sumiam de forma misteriosa.
J.R.R.Tolkien nos mostra mais uma vez a sua
genialidade na escrita. Os personagens das cartas são tão “reais” que você
chega a acreditar neles enquanto lê. Além disso, há muita emoção, e isso
significa risos e algumas lágrimas.
É triste chegar ao final do livro e não ter mais
cartas para ler.
Se você procura um livro que resgate emoções,
alegrias e a fantasia de sua infância, não poderia encontrar um melhor.
Considero leitura obrigatória para quem ama o Natal.
Autor: J.R.R.Tolkien
Tradução: Cristina
Casagrande
Ano: 2020
Editora: Harper
Collins Kids
Gênero: Cartas,
literatura infantil
Páginas: 176
Chegou Dezembro, mês de muitas energias boas no ar... todos somos abraçados por essas energias e ficamos mais felizes, alegres, solidários... seria excelente se conseguíssemos carregar essa energia por todo o ano e começarmos a enxergar o nosso próximo como seres humanos em evolução.
ResponderExcluirRinaldo
Uma curta historia de Natal:
ResponderExcluirEra véspera de Natal em uma pequena cidade coberta de neve. As luzes coloridas piscavam nas casas, e o cheiro de pinheiro fresco enchia o ar. Na rua principal as pessoas corriam de um lado para o outro, embrulhadas em seus casacos quentes, ansiosas pela celebração que se aproximava.
Naquela noite especial, um senhor idoso chamado Sr. Thompson caminhava lentamente pela rua. Seu rosto enrugado era iluminado por um sorriso caloroso, e seu olhos brilhavam com a magia da temporada. Ele era conhecido na cidade por sua generosidade e espirito natalino.
Ao passar por uma loja de brinquedo, Sr. Thompson viu um grupo de crianças admirando os brinquedos na vitrine. Ele nota entre as crianças um garotinho olhando para um trenzinho com os olhos cheios de fascínio, mas com uma expressão triste.
Ele se aproximou do garoto e perguntou: “Qual é o seu nome, meu jovem?” Com um sorriso tímido respondeu “Eu sou o John, mas não posso ter esse trenzinho. Meus pais não podem compra-lo para mim neste Natal”
O coração daquele senhor idoso se encheu de compaixão. Ele olhou nos olhos de John e disse: “Bem, acho que o Papai Noel pode ter uma surpresa para você”. Ele entrou na loja e comprou o trenzinho, entregando ao garotinho com um grande laço vermelho.
Os olhos de John brilharam de alegria, e ele abraçou o presente com entusiasmo. O velho senhor convidou John para acompanha-lo enquanto caminhava pela rua principal distribuindo sorrisos e abraços a todos que encontravam.
Noite mágica ele ensinou o verdadeiro espirito natalino – o dom de dar e compartilhar a alegria com os outros. Criando memórias que durariam para sempre.