Quando estava na faculdade de Propaganda saía pelas ruas de São Paulo com minha Nikon FM para retratar curiosidades, uma sombra inusitada, um rabisco no muro, um prédio meio torto (Existiam muitos), tudo era motivo para transformar em arte. Eu fazia o que mais gostava como exercício do olhar, como uma forma de encontrar novas linguagens, novas formas de expressão. Naquele tempo, usava um bom filme em película, sempre preto e branco, e me encantava quando entrava no laboratório e via a imagem aparecer no papel. Era pura magia. Dentre pessoas, prédios, árvores, ruas vazias que fotografei, tem uma foto que marcou, que até agora povoa minha cabeça. Foi na simplicidade que encontrei a maior simbologia do que hoje, faz parte das grandes discussões mundiais. Era um domingo, a Avenida Paulista repleta de pessoas passeando (Ainda não tinham fechado a rua) e lá no alto, presa no concreto duro e robusto do prédio da FIESP pendia uma planta, solitária e resistente. No meio do concreto, q...
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