Pular para o conteúdo principal

Terra de Ninguém

Quando penso que já vi tudo em termos de Educação neste país, aparece mais alguma coisa para me deixar perplexa. Segunda-feira, no SPTV 1ª Edição o jornalista Marcio Canuto apresentou uma escola estadual aqui em São Paulo que estava cobrando pelos uniformes e carteirinhas para os alunos que lá estudavam. Até ai, o único “problema” era a cobrança. Mas, o grande espanto veio quando soube que as crianças e adolescentes da rede pública não usam uniformes e não existe um documento de identificação escolar.
Mas, o que é isso? Uma terra de ninguém? Qual é a pedagogia que as escolas públicas estão usando? A da Insegurança, é claro. Portões abertos para quem quiser entrar e sair. Sem uniformes para poder identificar quem é aluno ou não, e o pior, sem documento de identificação.
É por isso que a violência tem aumentado nestas escolas, as drogras têm proliferado. No meu tempo, eu usava uniforme e tinha uma caderneta. Lá, constava minha presença, minhas notas, inclusive para que meus pais pudessem ver meu andamento na escola e minha freqüência. Sem falar no portão que ficava fechado, eu não podia entrar e sair da escola a meu bel prazer. Ela (a escola) era responsável pela minha integridade física, e zelava por ela.
Seria muito bom se nosso respeitável Governador José Serra pudesse rever com a Secretaria de Educação esta atitude. Incluir em seu orçamento do próximo ano a exigência de documento escolar, uniformes e a manutenção dos portões das escolas fechados para quem lá não estuda. Isso é uma questão de segurança.
Questionável também a atitude de achar que tudo tem que ser de graça. Não há problema nenhum que os pais paguem o uniforme de seus filhos, desde que o preço seja justo (apenas o custo) e que, provando não ter condições nenhuma, ai sim, o receberá de graça.
Quanto a identidade escolar, nada mais justo que o aluno pague pela segunda-via. Todos nós precisamos aprender a preservar nossos bens, mesmo aqueles que recebemos de graça.
Educação se faz com amor, mas também é necessário disciplina. As autoridades precisam lembrar disto.

Comentários

As mais vistas

Inferno

Autor:  Dan Brown Tradutor: Fabiano Morais e Fernanda Abreu Editora:  Arqueiro Número de páginas:  448 Ano de Lançamento:  2013 (EUA) Avaliação do Prosa Mágica:   9                               Gênio ou Louco? Você termina a leitura de Inferno e continua sem uma resposta para esta pergunta. Dan Brown nos engana, muito, de uma maneira descarada, sem dó de seu leitor, sem nenhuma piedade por sua alma. O autor passa praticamente metade do livro te enganando. Você se sente traído quando descobre tudo, se sente usado, irritado, revoltado. Que é esse Dan Brown que escreveu Inferno??? Nas primeiras duzentas páginas não parece ser o mesmo que escreveu brilhantemente Símbolo Perdido e Código D’Vince.  Mapa do Inferno. Botticelli. Então, quando você descobre que está sendo enganado, as...

Setembro

Autor:   Rosamund Pilcher Tradução: Angela Nascimento Machado Editora:  Bertrand Brasil Número de páginas: 462 Ano de Lançamento: 1990 Avaliação do Prosa Mágica:   10                         É uma história extremamente envolvente e humana que traça a vida de uma dúzia de personagens. A trama se passa na Escócia, e acontece entre os meses de maio a setembro, tendo como pano de fundo uma festa de aniversário que acontecerá em grande estilo. Violet, que me parece ser a própria Rosamund, costura a relação entre as famílias que fazem parte deste romance. Com destreza e delicadeza, a autora   nos conta o cotidiano destas famílias, coisas comuns como comer, fazer compras, tricô, jardinagem. Problemas pessoais como a necessidade de um trabalho para complementar a   renda e outras preocupações do cotidiano que surpreendem pela beleza...

O Símbolo Perdido

Autor: Dan Brown Tradutor:   Fernanda Abreu Editora: Sextante Ano de Lançamento:  2009 Número de páginas:  490 Avaliação do Prosa Mágica: 10 Uau!! Cheguei ao fim com a impressão de ter ficado sem respirar por todas as páginas. O ano mal começou e já tenho um livro para a lista dos mais queridos de 2014. Não é possível que ele seja superado por outro. Você não precisa ser exatamente um amante de simbologia antiga, ou maçom para gostar da história, mas se for com certeza a trama terá mais sabor. Dan Brown desfila através das palavras todo seu talento em “fazer textos” que envolvem, prendem  e deixam marcas. Alias, a palavra é a tônica da trama. Mais uma vez Robert Langdom se mete em uma enrascada. Quando é supostamente chamado por um amigo para dar uma palestra em Washington, acaba descobrindo que foi usado para decodificar um antigo segredo ligado a maçonaria. A Pirâmide Maçônica, material de incontáveis sites e blogs na internet toma vida ...

Seguidores