Particularmente sou fã de Harry Potter, mas é preciso dizer que sou fã também de James Joyce, Shakespeare, Eça de Queiroz, entre outros. Mas, como hoje é a estréia mundial do Filme “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”, ele merecerá alguns comentários e reflexões.
Harry Potter é um personagem forte, complexo e cheio de vida, que a primeira vista não parece de fácil identificação com o público infantil ou adulto. Além disso, a temática de bruxarias estaria mais afeita ao leitor britânico cujas lendas, especialmente ligadas aos Celtas, já faz parte do imaginário deste país. Mas não foi o que vimos.
O primeiro livro, escrito quase como um ato de desespero pela sua autora Joanne Kathleen Rowling, ou simplesmente J. K. Rowling ganhou o gosto do público britânico e atravessou ou mares, sendo amado por crianças e adultos de todas as culturas. A grande pergunta que fica é Por quê?
Em primeiro lugar a historia surgiu no momento certo e no país certo. Se J.K. Rowling fosse uma brasileira, nenhuma editora do Brasil teria dado crédito. Possivelmente ela seria tachada de autora para crianças “maluca” que escreve livros tão grandes que nem os adultos leriam.
Em uma segunda visão, Harry Potter é um herói da idade contemporânea. Assim como o filme “Guerra nas Estrelas” surgiu em uma época em que ficção científica estava desacreditada, mas a vontade do público em ver um bom filme existia; Harry Potter surgiu no exato momento em que o mundo queria voltar a sonhar um pouco. Uma poção mágica ou uma varinha para acabar com as guerras, as desgraças, o terrorismo, a corrupção e todas as mazelas em que estamos mergulhados até hoje.
Outro fato é que o personagem e seus amigos retratam, livro a livro, passagens da infância e adolescência que todos nós tivemos. Como se não bastasse todos estes ingredientes, o texto de J.K. Rowling é absolutamente fantástico, bem escrito (para quem já leu o texto em inglês). Só para se ter uma ideia, a sequência do primeiro capítulo de “A Pedra Filosofal”, onde a autora descreve a visão que o Sr. Dursley tem de fatos inusitados e surrealistas, parece um quadro de Salvador Dali, como por exemplo, “Foi na esquina da rua que ele notou o primeiro indício de que algo estranho ocorria – um gato lia um mapa”.
É claro que os Filmes ajudaram muito nas vendas e na imagem que adolescentes têm de Harry Potter, mas não podemos nunca dizer que o filme é melhor que o livro, como li em um jornal recente que falava do Enigma do Príncipe.
Já que não dá tempo de ler o livro antes do filme, vale a pena correr para o cinema. Mas nada irá tirar o prazer de uma leitura posterior. Livros são diferentes de Filmes, é obvio mais verdadeiro. Além do formato diferenciado, é impossível para um roteirista colocar todas as cenas do livro no filme. É preciso reduzir e modificar para que o público entenda. A única forma de imagens corresponderem ao texto seria uma novela em 180 capítulos roteirizada por um bom autor brasileiro, orientada pela própria J.K. Rowling. Mas ai, caímos novamente no reino da imaginação.
Vale a pena ver e ler os livros deste personagem tão atual; deste bruxo que existe dentro de cada um de nós, tenha a idade que tiver. E, apesar da negatividade que alguns críticos literários veem a obra de J.K.Rowling, é necessário lembrar que até Shakespeare foi criticado em sua época.
Quanto ao Enigma do Príncipe não farei nenhum comentário porque ainda não vi o filme. Não vale a pena repetir as sinopses que pipocam pelos jornais e internet. Como o livro sempre é bem diferente, vou aguardar.
Harry Potter é um personagem forte, complexo e cheio de vida, que a primeira vista não parece de fácil identificação com o público infantil ou adulto. Além disso, a temática de bruxarias estaria mais afeita ao leitor britânico cujas lendas, especialmente ligadas aos Celtas, já faz parte do imaginário deste país. Mas não foi o que vimos.
O primeiro livro, escrito quase como um ato de desespero pela sua autora Joanne Kathleen Rowling, ou simplesmente J. K. Rowling ganhou o gosto do público britânico e atravessou ou mares, sendo amado por crianças e adultos de todas as culturas. A grande pergunta que fica é Por quê?
Em primeiro lugar a historia surgiu no momento certo e no país certo. Se J.K. Rowling fosse uma brasileira, nenhuma editora do Brasil teria dado crédito. Possivelmente ela seria tachada de autora para crianças “maluca” que escreve livros tão grandes que nem os adultos leriam.
Em uma segunda visão, Harry Potter é um herói da idade contemporânea. Assim como o filme “Guerra nas Estrelas” surgiu em uma época em que ficção científica estava desacreditada, mas a vontade do público em ver um bom filme existia; Harry Potter surgiu no exato momento em que o mundo queria voltar a sonhar um pouco. Uma poção mágica ou uma varinha para acabar com as guerras, as desgraças, o terrorismo, a corrupção e todas as mazelas em que estamos mergulhados até hoje.
Outro fato é que o personagem e seus amigos retratam, livro a livro, passagens da infância e adolescência que todos nós tivemos. Como se não bastasse todos estes ingredientes, o texto de J.K. Rowling é absolutamente fantástico, bem escrito (para quem já leu o texto em inglês). Só para se ter uma ideia, a sequência do primeiro capítulo de “A Pedra Filosofal”, onde a autora descreve a visão que o Sr. Dursley tem de fatos inusitados e surrealistas, parece um quadro de Salvador Dali, como por exemplo, “Foi na esquina da rua que ele notou o primeiro indício de que algo estranho ocorria – um gato lia um mapa”.
É claro que os Filmes ajudaram muito nas vendas e na imagem que adolescentes têm de Harry Potter, mas não podemos nunca dizer que o filme é melhor que o livro, como li em um jornal recente que falava do Enigma do Príncipe.
Já que não dá tempo de ler o livro antes do filme, vale a pena correr para o cinema. Mas nada irá tirar o prazer de uma leitura posterior. Livros são diferentes de Filmes, é obvio mais verdadeiro. Além do formato diferenciado, é impossível para um roteirista colocar todas as cenas do livro no filme. É preciso reduzir e modificar para que o público entenda. A única forma de imagens corresponderem ao texto seria uma novela em 180 capítulos roteirizada por um bom autor brasileiro, orientada pela própria J.K. Rowling. Mas ai, caímos novamente no reino da imaginação.
Vale a pena ver e ler os livros deste personagem tão atual; deste bruxo que existe dentro de cada um de nós, tenha a idade que tiver. E, apesar da negatividade que alguns críticos literários veem a obra de J.K.Rowling, é necessário lembrar que até Shakespeare foi criticado em sua época.
Quanto ao Enigma do Príncipe não farei nenhum comentário porque ainda não vi o filme. Não vale a pena repetir as sinopses que pipocam pelos jornais e internet. Como o livro sempre é bem diferente, vou aguardar.
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