“Os livros estão em sua imaginação. Traga-os e eu os queimarei para você.” Farouk Horny, um candidato egípcio à direção da UNESCO, com candidatura apoiada pelo Brasil disse esta frase sem sentido.
Em primeiro lugar, livros não se queimam; nem aqueles que erroneamente são distribuídos às escolas públicas com erros ou destinados a faixa etária errada. Decididamente, livro é informação, entretenimento, cultura, diversão e por que não dizer, companhia; assim, não se queimam amigos.
O pior desta afirmação é pensar que, o imaginário de alguém pode ser queimado. Aos que acham que não é possível, é só avaliar as ditaduras existentes no mundo. Quando você tira a liberdade de pensamento e de expressão, queima o imaginário do ser humano, reduz sua capacidade de pensar e processar informações.
A falta de respeito que há com o livro no Brasil é absurda. Não se ensina nas escolas, por exemplo, que existe uma instituição chamada Sebo, onde os livros são mais baratos. Os Sebos fazem a teoria que ler é muito caro no Brasil, cair por terra. Podem-se encontrar bons textos por até cinco reais.
Um bom livro é um amigo inseparável. Muitas vezes ele nos consome como a metáfora usada no livro Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, onde um “livro monstro” ao ser aberto devora tudo o que encontrar pela frente. Eles são assim na vida real, quando a história e boa e bem escrita, nos devora pelas entranhas promovendo modificações de ordem vertical. No momento da leitura somos a fênix que se deixa queimar para renascer depois, melhores, mais cultos, mais tolerantes.
Livros não são adornos das estantes; não devem ser comprados por metro, mais meticulosamente escolhidos, com a alma, com a intuição. Se quisermos chegar a média de leitura da Europa, um livro por mês já estaria bom. Mas quem gosta de ler não se contenta com tão pouco.
Existe uma expressão em português que resume tudo o que este grande amigo (Livro) é: “Um país se faz com Homens (Mulheres) e Livros”.
Escolha um e boa leitura.
É muito triste saber que existem pessoas no mundo que pensam que queimando livros vão brecar o conhecimento. É lamentável que um candidato à direção da UNESCO faça comentários desse tipo e mais lamentável ainda é os nossos dirigentes apoiarem um ser como este. Está bem claro que nossos políticos querem que a população continue ignorante sem saber escrever,ler e entender o que se lê e escreve. Assim fica mais fácil de manipular a massa eleitora desse país.
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