Tão destrutivo quanto as guerras, os atentados, a miséria absoluta de alguns países do continente Africano e Asiático é o terrorismo contra a cultura e a educação do país.
O Brasil nunca foi exemplo em educação, apesar do arremedo de educação francesa que se recebe na escola. Séculos de descaso, falta de vontade e incentivos, programas criado pelo Mec que visam sobretudo amarrar a educação ao invés de ampliá-la, nos separam do verdadeiro ideal. Mas agora, chegamos finalmente ao final do túnel e o que vem na direção contrária e o trem da ignorância.
O bizzaro imposto que Presidente Luis Inácio Lula da Silva quer colocar sobre os livros é o maior contra-senso de um governo neste país. Maior até que a mal afamada ditadura militar.
Nunca, em tempo algum, um presidente fez isto, principalmente alguém que baixa os impostos para os carros que estão poluindo o ar do país; para materiais de construção que beneficiaram muito as grandes construtoras. Nunca alguém ousou encarecer o já tão custoso livro brasileiro.
O imposto leva o pomposo nome de Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), e veja bem, o grifo que destaca um nome tão abominável quando falamos de democracia. A idéia é taxar de 1% sobre o faturamento anual das editoras, distribuidoras e livrarias, o que somados representam um valor de aproximadamente 2,1% no preço final do livro. Infelizmente para os desatentos isso não significa nada, pois em sua ingenuidade acreditam que são apenas as editoras, distribuidoras e livrarias que pagarão por isso. Mentira, uma grande e enorme mentira. Somos nós que pagaremos por livros mais caros, ou então vamos aderir ao bloco dos sonolentos e não ler mais.
A cadeia produtiva do livro, excetuando-se as redes especializadas via internet como Submarino, Fnac etc, tem um trabalho quixotesco. Lutam constantemente contra os moinhos de vento das crises, quedas nas vendas e margens de irrisórias de lucro. Um absurdo quando pensamos na margem de lucro da indústria automobilística e bancária! As pequenas editoras não irão suportar mais este golpe. Quem perderá com isso é o leitor brasileiro que verá títulos desaparecerem ou então serem vendidos a preço de ouro.
A desculpa do governo é que este “dinheiro extra” irá financiar um fundo de estimulo a leitura no país. Como é possível estimular a leitura se o preço do livro que já é inviável se tornar inacessível?
Para que o governo quer criar intermediadores de leitura se esta é uma função de professores e da família, e não de “companheiros” como fatalmente irá acontecer.
Mas, avaliando os discursos do presidente entendemos esta guerra contra o livro e o livre pensar. Para quem já afirmou em diversas ocasiões que não gosta de livros e que não lê “porque dá sono”, aumentar os impostos sobre os livros não é nada.
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