A reportagem de 27 de setembro no Fantástico levantou, mais uma vez, uma questão de primordial importância - a violência nas escolas.
Mas, o que é violência? Como ela se manifesta nas escolas? Como professores, diretores e pais estão tratando o assunto? Até que ponto o currículo atual contribui para o aumento da violência? São questões que precisam ser urgentemente estudadas e respondidas pelos especialistas em conjunto com pais e professores.
Não estou dizendo aqui sobre a violência que pomposamente chamamos de bullyng. Todos nós, adultos já vimos, participamos ou sofremos este tipo de violência na escola. Ela é ruim, muitas vezes cria complexos, mas até hoje não machucou nem matou ninguém. O que estou falando especificamente é sobre a violência que está lesando fisicamente e matando crianças e adolescentes dentro das escolas.
O Brasil entrou na era da educação moderna como um faminto ao ver um prato gigantesco de comida, que devora sem ao menos olhar o que está comendo. A rigidez total, os terríveis castigos, palmatórias etc. foram trocados repentinamente pela liberdade total, o desrespeito ao professor e a indisciplina.
Idéias pedagógicas maravilhosas foram deturpadas quando aplicadas em nossas escolas, o que acabou, em parte, contribuindo para o aumento da violência.
O aluno já não sabe quem manda na sala de aula por que o professor não possui a liberdade de punir. Até mesmo os pais já não conseguem mais “segurar” seus filhos. O que se vê então, desde crianças, são filhos gritando com o pai e a mãe, em meio a supermercados e seus responsáveis respondendo como se fossem crianças iguais aos filhos.
Então o que vemos cada vez mais é a formação de “gangues” de alunos com 8, 9 e 10 anos, cobrando pedágio, espancando colegas e batendo e ofendendo professores.
Alguma coisa está muito errada e precisa ser urgentemente revista. Talvez uma maior liberdade do Conselho Tutelar para punir pais e adolescentes seja uma alternativa. Talvez uma educação aos pais para que aprendam como educar seus filhos; que a criança precisa de limites e isso é amor. Que este filho que hoje grita com o pai, e todos acham engraçadinho, um dia estará batendo nele e sendo um cidadão desajustado perante a sociedade.
Sim, tudo isto é urgente, pois a criança de hoje será o cidadão de amanhã. Então, que tipo de brasileiro, os pais e as escolas estão criando?
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