São Paulo é a cidade das novidades. Primeiro foi a virada cultural, um evento grandioso que merece nossos aplausos, depois foi a virada esportiva, que segundo informações foi um sucesso total. Então, por que não fazer uma virada educacional?
Não necessitaria ser algo tão intenso como 32 horas só de educação, mas algo como 280 dias de aulas repletos de pelo menos 9 horas de educação e atividades para os alunos.
Poderia também ter 365 dias ao ano com professores engajados em um projeto educacional que visasse colocar a cidade de São Paulo, quem sabe o Estado, entre os primeiros lugares no mundo no item Educação.
Não seria difícil. Exigiria um pouco de planejamento e muita força para suportar pressões que viriam de todos os lados. Em primeiro lugar uma belíssima prova para todos os professores da rede de ensino pública, que avaliasse os seus conhecimentos em língua portuguesa e a matéria que leciona. E por que não incluir um pouco de conhecimentos gerais.
Em um escala de 0 a 10, todos os que tirassem abaixo de sete seriam afastados das salas de aulas e levados a uma reciclagem. Estudar matérias básicas na faculdade, cursos complementares, algo que exigisse do professor o que ele deveria exigir de seus alunos: estudo e leitura.
É claro que este professor afastado deveria continuar recebendo seu salário, 80% como é de praxe nos concursos que o servidor precisa passar por um curso antes de exercer seu trabalho.
Parece crueldade fazer isto, mas quantos deste professores teriam condições financeiras de arcar com uma reciclagem em sua educação? E, dos que teriam, quantos os faria por livre e espontânea vontade?
É claro que teríamos um grande buraco nas escolas, pois uma parte dos professores não atingiria a nota mínima. Mas é para isto que existe período de férias para iniciar o processo. É obvio que não sairiam todos os professores de uma só vez, mas ao final de um ano todos deveriam estar “reciclados”.
Atender a pressão de sindicato dos professores não ajuda o país e muito menos os profissionais do ensino. Eles precisam atingir as habilidades e as competências básicas para ensinar. Se este professor não lê, como irá exigir de seus alunos que leiam? Se ele não conhece o português corretamente como irá ensinar? Se ele não sabe o que acontece no mundo, como irá atualizar seu aluno?
Uma virada educacional, com certeza, seria o grande “evento” da cidade de São Paulo. Não dá mais para conviver com este abismo que separa a escola pública da boa escola privada. E, em um mundo globalizado, não dá mais para admitir o buraco imenso que existe entre a educação no Brasil e Européia. Nossas crianças já nascem perdendo.
São Paulo precisa desta virada e cabem, neste caso, aos políticos que pretendem nos governar nos próximos anos, decisões sérias sobre o assunto e sem medo das pressões. Os pais e os próprios alunos saberão agradecer através das urnas.
O bom político é como um bom pai e uma boa mãe. Sabe dizer não, proibir, colocar de castigo, impor regras para o bem da criança. Os professores estão precisando disto. As crianças e o futuro agradecem.
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