Até que ponto é lícito fazer uma licitação para comprar caças que defenderão o nosso espaço aéreo? Licitação é sinônimo de “igualdade” de condições, mas também significa priorizar a qualidade inferior pela aceitação do melhor preço.
Está na hora de modificar o sistema de compras do governo e de órgão considerados como públicos. Licitação não funciona, pelo menos quando se precisa comprar qualquer coisa que não seja papel higiênico, folhas de papel em branco, prendedor de roupas e similares.
Alguém sabe como funciona uma licitação de produtos de informática? Você não pode escrever no edital qual programa você quer, qual processador. Limita-se a dizer tamanho da memória, velocidade exigida e uso. Ai fica uma pergunta: Onde está a lógica? Informática é algo altamente especializado. Pelo menos os programas que você quer usar deveria poder escolher.
Para não ficar só em produtos a lei é clara quando exige que Agências de Publicidade e seus serviços sejam contratados por licitação. É ridículo. Sou publicitária e sei que existe uma diferença absurda entre um estúdio de fundo de quintal e uma boa Agência.
Agora, voltando aos caças. Eles serão a defesa do país e talvez, possibilidades de comércio. A licitação abre dados importantíssimos e talvez sigilosos. Então, por que não deixar esta escolha por uma equipe especializada que inclua Militares, Técnicos e Diplomatas?
Quem leu a entrevista da Ellen Tauscher, subsecretária de Estado para Controle de Armas e Segurança Internacional dos EUA, percebeu que ela disse nada com nada. Na realidade pareceu mais uma tentativa de controle de um país que é pacífico por natureza.
O Presidente Lula precisa avaliar muito bem o que irá fazer. O melhor preço de caças não refletirá nossos reais interesses. Precisamos avaliar o passado de nossos futuros parceiros e verificar se eles cumprem o que prometem. Ao que me parece, não foi o caso dos Estados Unidos.
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