Existe toda uma polêmica sobre o sentimento de culpa que a personagem Helena, da novela Viver a Vida, sofre em relação ao acidente de Luciana, quando na verdade a grande discussão do público deveria ser em torno das personagens Tereza e Isabel.
Manoel Carlos está levantando ai uma questão que está passando um branco pelos críticos e público. A relação deteriorada entre mãe e filha.A cena de ontem, muito bem interpretada, mostra os limites que uma relação pode chegar quando uma mãe não consegue tratar seus filhos, no caso filhas, igualmente, com o mesmo carinho.
Isabel, a personagem problema, apresenta nítidos traços de falta de atenção e amor por parte dos pais. É claro que uma jovem não pode crescer como alguém normal quando nitidamente fica claro a preferência dos pais. Em cena de capítulos anteriores a personagem Tereza explica que Isabel, em sua lista de preferências é a última entre as três, e é claro que isso gera problemas.
Talvez o autor Manoel Carlos pudesse ter conduzido a cena do conflito de ontem de outra forma. O espancamento de pessoas, principalmente os filhos é uma violência sem limite, que infelizmente ainda impera nas famílias no Brasil, principalmente nas classes mais pobres da população.
Talvez uma discussão forte, uma tapa no rosto, uma expulsão de casa, mas uma surra de cinto é algo que incentiva a atitude em algumas famílias. Imaginem a quantidade de mães que têm problemas com seus filhos que se identificaram com Tereza e reforçaram sua atitude de violência.
A questão entre as personagens é algo muito sério e merece que os programas de TV levem psicólogos para explicar e orientar. Assim como amor em excesso faz mal, a falta dele pode gerar o ódio e o desequilíbrio. Vale a pena pensar nisso.
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