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Traduções ou novos livros?


Estou lendo um livro que em português se chama “O segredo do Vale da Lua”, mas em inglês, ou seja, no original seu nome “The Little White Horse”. Até hoje, confesso, não consigo entender a lógica que transformam nomes como Angel Heart em Coração Satânico, ou similares do gênero.
Voltando ao livro, por que o nome foi transformado? Tudo bem que a história se passa em um lugar que poderíamos chamar de Vale da Lua e toda a história se passa com a heroína Princesa da Lua, mas é muito difícil entender o porquê destas mudanças.
Ai vem uma questão muito séria. Se traduções são novos livros, por que os tradutores precisam trazer as emoções que o autor tentou passar para nossa língua, e de certa forma o que você lê em português é algo particular e novo, então os tradutores deveriam ter status de autores. Nada mais justo!
Então você, leitor, pega qualquer livro em português e verifica:
1. O nome do tradutor não está na capa.
2. O nome do tradutor na página de rosto nunca passa de corpo 12, enquanto o do autor vigora em seus belíssimos 30, 40.
3. Será que tradutor recebe direitos autorais ou “tradutorais”?
São questões a serem refletidas por nós, leitores. Pois da mesma forma que eles nos trazem a história integra, emocionante, como é o caso deste e de muitos outros livros que li, já encontrei absurdos como uma tradução bilíngüe de Jane Austen, com passagens que perderam o sentido real da história.
Eu não gosto de ver os nomes dos livros mudados, principalmente se for por jogada de marketing, e isso não acontece só no português. Veja só o caso do “Harry Potter e a Pedra Filosofal” que nos Estados Unidos virou “Sorcerer Stone”, só por que lá ninguém leria um livro com a palavra filosofia, ou filosofal no título. Não tem sentido.
Então, o que se conclui de tudo isso é que precisamos respeitar mais os tradutores e que desejamos, no mínimo, que filmes e livros se mantenham com seus nomes originais.

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