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Educação. Alguma coisa deve mudar.

O Jornal Inglês The Guardian publicou no dia 1 de dezembro uma reportagem apresentando a avaliação de alunos da escola primária entre 10 e 11 anos de idade. Segundo o mesmo jornal, uma parte muito significativa dos alunos não apresentou as habilidades esperadas em matemática e língua inglesa.

Um resultado que não era o esperado, principalmente para quem acompanha o nível da educação inglesa, uma das melhores do mundo. Então, o que saiu errado?
Entre muitas hipóteses, a alegada pelos professores que resolveram boicotar o próximo teste, uma espécie de Enem para crianças. O fato é que o ser humano, em sua maioria, se sai muito mal em testes e provas. Não que elas sejam dispensáveis.
São necessárias, mas quando se prepara testes para crianças e as submete ao mesmo nível de pressão que um adolescente ou adulto suporta como é o caso de Enem e do Vestibular no Brasil, e das provas de avaliação que existem na Inglaterra, as crianças falham muito mais, é obvio. São seres em formação, ainda frágeis, viventes de um mundo de magia e sonho. Se as provas escolares já são um stress necessário, imagina submetê-la a uma avaliação em nível nacional para dizer se elas são capazes ou não.
Então, muito corretamente os professores irão boicotar as provas, em favor do desenvolvimento saudável da intelectualidade infantil. A balança não pode pender para nenhum dos lados. Ela deve ser equilibrada. Excesso de rigidez faz mal, como neste caso. Mas, excesso de informalidade como acontece aqui, no Brasil, é danoso.
O que se espera da educação de crianças é que elas possuam base para seguir seus estudos depois. E isto significa ter boa leitura e interpretação de textos; saber construir frases com lógica e coerência; saber aplicar as regras básicas de matemática e a capacidade de construir sozinha o seu próprio saber. O resto ela aprende depois.

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