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São Paulo subaquática e as mudanças climáticas

A cidade amanheceu debaixo d’água. Quem queria atravessar a marginal Tietê deveria ter um bote ou barco, pois seria a melhor forma de chegar ao trabalho ou outros compromissos.
Não adianta construir piscinões, cobrir córregos, a natureza é livre e precisa desta liberdade para seguir seu rumo. A cidade de Sâo Paulo está impermeabilizada demais e as enchentes virão, faça o que fizerem, elas virão.
A impermeabilização da cidade, em parte, não pode ser atribuída ao governo e as autoridades, já que boa parte dela é promovida pelo cidadão comum, que cimenta seus quintais e jardins, expulsando a área verde de suas casas e impedindo que a água penetre no solo quando chove.
Muito do que acontece aqui poderia ser evitado se a população permitisse que o verde fizesse parte de suas casas, se lixo não fosse jogado nas ruas e córregos e se a consciência da reciclagem fizesse parte da educação das crianças.
Apesar de o Brasil ser um país ainda pobre (emergente) a população age como em países de “primeiro mundo” Japão e EUA, trocando móveis e eletrodomésticos como quem troca de roupas. Falta a consciência da reciclagem. Bons móveis podem ter a duração de uma vida se bem conservados ou restaurados com um pouco de tinta, lixa e paciência.
Eletrodomésticos podem durar anos se a pessoa tiver cuidado. Sacolinhas plásticas devem, ou melhor, já deveriam ter sido extintas de supermercados, pelas retornáveis. São atitudes mais cidadãs.
Mas porque falar de tudo isso em um momento de caos com as enchentes e de discussão em Copenhague sobre mudanças climáticas?
Em primeiro lugar por que não adianta nada discutir lá, se os cidadãos daqui não tiverem a consciência de que somos responsáveis pelo planeta.
Em segundo lugar por que não haverá governo que consiga parar as enchentes se os “cidadãos” continuarem a jogar lixo nas ruas e a desconsiderar suas responsabilidades perante a natureza e o planeta onde vivem.
Na hipótese de que o Planeta esteja terminando sua era Glacial e entrando em uma nova fase, cada um de nós tem a responsabilidade de fazer um planeta melhor.

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