“Um homem genial não comete erros.”
Stephen Dedalus
Fui apresentada a obra de Joyce muito nova, ainda sem a leitura suficiente para apreciar um virtuose. Assim como um vinho de colecionador, envelhecido por décadas, Joyce precisa ser degustado com respeito, paciência e apuro no “paladar”. Não dá para ler James Joyce sendo apenas leitor de adaptações.
Para ler Joyce como se deve, é preciso apreciar primeiro os clássicos, passando pelos gregos como Homero, Dostoiévski, Shakespeare, Camões, Guimarães Rosa, Victor Hugo, Flaubert, Ibsen dentre outros. E isto não acontece aos 14 anos, nem aos 20. Você precisa de pelo menos 40 anos, sendo um ávido leitor, para entender a luz e a experimentação que vem da obra dele.
James Augustine Aloysius Joyce, um legitimo aquariano nascido em 2 de fevereiro, veio ao mundo na Irlanda, terra de escritores memoráveis e de uma criatividade sem limites. O que, com certeza, contribuiu para a qualidade de sua obra composta por romances, teatro, contos e poesias.
Ulisses, a mais famosa de todas, ocorre na cidade de Dublin em um único dia – 16 de junho. A narração se dá através de um prelúdio em 3 partes, 12 capítulos e um final tripartido. Tudo em divisões ternárias que nos levam a cabalística do número 3. Estudos recentes afirmam que Ulisses é a obra de estrutura matematicamente mais perfeita de toda a literatura.
O personagem principal Leopold Bloom - por isso 16 de junho é comemorado o Bloomsday – é o Ulisses da narrativa, que ao contrário da história de Homero, o Ulisses de Joyce é a figura do homem arrasado e traído pela mulher.
Mas não dá para contar Ulisses, ele precisa ser lido, re-lido, e saboreado a cada ponto, vírgula, verbos. É um convite ao delírio. Uma sugestão para um dia como o de hoje, que se comemora o dia de Blomm, o Bloomsday.
Comentários
Postar um comentário
Obrigada, seu comentário é muito importante.
Caso vá comentar no modo anonimo, por favor assine seu comentário.
Obrigada pela participação.