É interessante e rico que os críticos debatam a validade ou não da transmutação do jornal impresso para o digital, inclusive diante do iminente fechamento do Jornal do Brasil. No entanto, levar este debate para a esfera política, enaltecendo o governo atual e conclamando o presidente como “salvador da pátria jornalística” é no mínimo ridículo.
Quando é que as pessoas vão entender que imprensa é imprensa, e que esse negócio de “imprensa popular”, “jornalismo publico” é algo criado para dominar as classes menos favorecidas, vindo de um datado marxismo manquitolante? Quando?
Levar o debate sobre o fim da imprensa escrita para estas paragens é no mínimo antiquado, para não dizer partidário, e aqui eu afirmo petista.
O jornalismo é público por natureza, pois visa informar a população sobre fatos, notícias, opiniões e outras coisas. Então, por que perder tempo debatendo isso, quando o assunto deveria ser: - como vamos melhorar o acesso da população carente a internet?
Os maiores jornais do mundo, e entre eles está o The New York Times estão atolados de dividas, e adotarão em breve a versão única digital. Isso é algum crime? Eu, particularmente, gosto de ler o jornal na versão papel, mas há de se levar em consideração que nasci na era anterior a digital, e o computador só entrou em minha vida após terminar a faculdade, então é meio lógico que dê prioridade ao papel em detrimento ao digital.
No entanto, percebe-se que cada vez mais a geração digital, busca suas informações na internet, e cabe aos órgãos de comunicação melhorar cada vez mais o nível destas informações, para que na falta de um jornal impresso, a web supra em 100% as necessidades de profundidade.
O que importa dizer é que o jornal e o jornalismo devem ser livres para optar, não só o conteúdo de seu jornal e isso inclui opinião política, charges etc, assim como o formato que ele oferecerá a população. Mesmo por que, se uma pesquisa fosse realizada sobre a importância da leitura do jornal entre a população, nós verificaríamos que eles preferem ver TV. Então, percebe-se que o debate deve partir para o problema da educação no país, que prioriza a “política pão e circo”, mais fácil e rápida que a política da formação de cidadãos conscientes e plenos politicamente.
Quanto ao fim do jornal impresso? Bem, devemos deixar este debate dentro de seu limite real, o futuro da comunicação.
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