(spoilers)
Aqui estou eu, comentando mais uma vez um best seller americano que provoca arrepios nos mais puristas da literatura. Mas o fato é que sinopses a parte, e a deste livro não é muito boa, ou melhor, é péssima, Para Sempre (Editora Intrínseca, R$29,00), de Alyson Noël é bem mais que um simples best-seller escrito para os adolescentes.
É claro que não é um clássico, mas a história é empolgante e bem escrita.
Ever Bloom é uma garota feliz que tinha uma vida muito boa, com pais maravilhosos, uma irmã para brigar. Mas, um “acidente” mata toda a sua família deixando apenas ela viva.
Sem mais ninguém ela se vê obrigada a mudar de vida e morar com a única tia na Califórnia. A adaptação é difícil e na escola ela faz apenas dois amigos, Raven – uma menina chata e sem graça – e seu amigo Miles – esse sim um personagem que vale a pena.
Mas, ela mantém um grande segredo. Ao retornar de sua quase morte ela adquire poderes extra-sensoriais, e começa a ver a aura das pessoas, ouvir seus pensamentos e muitas vezes enxergar eventos futuros. É claro que isso é um fardo muito pesado para ela, que muda o comportamento e passa da “líder de torcida” para a garota mal vestida e invisível da escola.
Lá, ela conhece Damem Auguste, um garoto lindo, charmoso e que tem a capacidade de bloquear os poderes de Ever. É claro que um romance sairá destes contrastes.
O que ela não sabe, e nem os leitores, é que Damem é um imortal que vive sua eternidade em busca de seu grande amor mortal, a própria Ever, nunca concretizando esta união, pois ela sempre é assassinada por outra personagem imortal Drina.
Ao ler a história, lembrei-me do livro A Volta do Matusalém, de George Bernard Shaw, escritor irlandês que nasceu em 1856, que trata ao longo de suas páginas sobre a longevidade do ser humano. Também é possível se recordar de Highlander, dirigido por Russell Mulcahy em 1986, cujo protagonista é um imortal que luta para sobreviver já que “só poderá existir um”, fato que é citado no livro de Noël.
Em Para Sempre, alguns valores universais como a bondade, o perdão são tratados de forma criativa, ao lado da apresentação de fenômenos mediúnicos e das possibilidades de contato com o polissistema espiritual, muito bem apresentado pela personagem Riley, a irmã adolescente de Ever, morta no acidente, mas que se recusou a ir embora e agora vaga entre os planos espiritual e material.
Eu recomendo, mas leia sem preconceitos, pois a trama pode proporcionar uma tarde agradável e relaxante, sem as costumeiras irritações com péssimos textos que alguns destes best-sellers costumam nos “presentear”.
Série os imortais:
Para Sempre
Lua Azul
Shadowland (sem previsão de lançamento no Brasil)
Dark Flame (sem previsão de lançamento no Brasil)
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