O Blog é Prosa Mágica, mas de vez em quando é preciso falar de assuntos árduos e dolorosos. Não consigo compreender os resultados das pesquisas que o IBOPE e DATA FOLHA apresentam sobre os futuros presidentes do Brasil. Por quê?
Você sai na rua, conversa com as pessoas, abre o Facebook, Twitter e percebe que há levas de pessoas que não votariam em um determinado candidato (aqui vou usar sempre o genérico para não fazer propaganda para eles). Na internet a campanha é muito forte, então você liga a TV, abre o jornal e vê, estampado o primeiro lugar nas pesquisas de uma pessoa que todo mundo diz que não votaria, que todo mundo está falando mal, que boa parte das pessoas conhece o péssimo currículo e os terríveis antecedentes. Qual é a lógica disso? Quem são as pessoas entrevistadas?
Outro dia recebi um e-mail dizendo que as pesquisas são realizadas, em termos proporcionais, em maior número no norte e nordeste do país em cidades que não possuem representatividade, então o resultado se deve a este fator. Não consigo acreditar que dois institutos tão respeitados de pesquisa cometam este erro grave, que nós, iniciantes na arte do marketing e publicidade, anos atrás, fomos orientados já no primeiro dia da aula da matéria na saudosa ESPM. Isso não é possível.
Outra questão importante. Será que os resultados das pesquisas não estão influenciando nas decisões dos eleitores? É o que venho questionando nas últimas eleições. Talvez o país precise se democratizar ainda mais com o voto não obrigatório. Eleger seu candidato, aquele que vai governar sua “vida” durante quatro, cinco anos, deve ser um ato espontâneo.
Votar tem que ser um ato consciente, pesquisado. O voto obrigatório coloca um monte de gente em frente à urna, que infelizmente, não tem condições de avaliar qual é a melhor solução para o país. Falta educação e escolaridade para isso.
Eu ouço políticos se gabarem de que o Brasil deixa analfabeto votar, quando na verdade deveria se envergonhar de ainda possuir analfabetos no país. É uma vergonha! Assumir a absoluta incompetência de alfabetizar verdadeiramente sua população, e não apenas ensinar a ler a escrever. As pessoas precisam aprender a pensar, e não o que pensar.
Eu achava o sistema eleitoral americano absurdo e complicado demais, mas hoje, ao ver o que acontece no meu próprio país, cada vez mais acho que eles é que estão certos.
Crédito de Imagem : faceal.com.br
Soraya, hoje recebi um e-mail comentando como a pesquisa é feita, considerando na mesma proporção vilarejos da região norte e cidades do estado de S.Paulo. É claro que considerando que a grande maioria dos votantes não se interessa por politica, estas pesquisas induzem o eleitor despreparado a praticar sempre o voto "vencedor". Qual a vantagem da pesquisa eleitoral, senão ser um fato jornalistico e dar um rumo naquele que afirma que "nem sabe em que votar"?
ResponderExcluirEsta pratica deveria acabar.
Luis Antonio