Às vezes, em meio a tantos lançamentos caia em nossas mãos um livro velho, não pela aparência, mas pelo tempo que foi escrito. Nem sempre isto é um bom sinal, nas minhas, por exemplo, já vi muita coisa ruim, datada, fraca, impossível de ler em pleno século XXI. No entanto há outros que são o oposto.
Eu considero livros nesta categoria, aqueles que nunca são comprados, mas sim emprestados por um amigo, um primo ou desconhecido, ou aqueles que por um infortúnio qualquer, nenhuma editora publica mais e a única alternativa e garimpar sebos na cidade. Nem sempre a sorte é nossa companheira neste caso.
Acabei de ler “A Herdeira”, de Sidney Sheldon. A principio fiquei meio receosa. Sidney Sheldon, a meu ver, sempre foi um autor de “folhetins”, romances fáceis, com fins previsíveis feitos para vender milhões de exemplares para quem procura leitura sem muito conteúdo. Enganei-me.
A Herdeira é uma história muito bem construída em torno de um império da Indústria Farmacêutica, com diversos personagens interessantes e marcantes. É claro que é preciso resistir aos primeiros capítulos, maçantes, extremamente detalhistas, mas de primordial importância para o desfecho da história.
O prato principal vem aproximadamente 100 páginas depois, uma história envolvente, bem escrita que leva o leitor a acreditar em um vilão quando há poucos parágrafos do final descobrimos que o vilão é o mocinho. Uma virada de dar um nó na cabeça.
Um leitor mais atento, no entanto, perceberá nos primeiros capítulos (que eu chamei de maçantes) todas as dicas para desvendar o mistério. Mas é claro que ninguém prestou atenção nestes meros detalhes.
A história é uma trama de novela muito bem desenhada, que foi transformada em filme dirigido por Terence Young, em 1979. O versão cinematográfica foi estrelada por Audrey Hepburn no papel da herdeira Elizabeth Roffe, e Ben Gazzarra como Rhys Willians.
Vale a leitura
Olá, como vai? Gostei do seu comentário sobre o livro A Herdeira. Recordo ter lido quase todos os titulos publicados por Sidney Sheldon e eles tem sempre a mesma cara. Sempre fica algo para ser descoberto nas últimas páginas e por ter este talento é que ele se tornou um dos escritores mais vendidos em todo o mundo. Gosto muito da literatura de livros "velhos", onde você encontra verdadeiras historias deliciosas como a que você comentou. Se puder, leia Arthur Hailey, você vai gostar também. Parabéns.
ResponderExcluirLuis Antonio