(Spoilers)
Se você leu A Descoberta das Bruxas e gostou, prepare-se
para se apaixonar por Shadows of Night, ainda sem data para ser lançado em
português.
A autora Deborah Harkness provou que não sofre a tal
síndrome do segundo livro, geralmente de baixa qualidade ou mero coadjuvante do
primeiro. Shadow of Night é brilhante, encantador, misterioso e tão repleto de
detalhes históricos que há momentos em que acreditamos verdadeiramente que na
Época Elizabetana existia vampiros, bruxas, demônios e que a própria rainha usava
um deles como espião.
É tão complexa a trama, que mistura fantasia, história,
história da ciência e viagens no tempo que as quase 600 páginas passam e você
não percebe, mesmo que a leitura seja feita em uma língua da qual não somos
nativos.
Ficou apenas um problema: - O livro acaba e você precisará
pacientemente esperar que o próximo seja lançado nos Estados Unidos e mais um
tempinho para que a edição chegue no Brasil. E pelas informações da página de
Facebook da autora, o próximo ainda está longe de acontecer.
Para quem não conhece a história, um breve resumo: No
primeiro livro Diana Bishop, historiadora da ciência, bruxa que recusa-se a
usar magia conhece um vampiro charmoso e misterioso, geneticista, chamado
Mathew. Logo fica claro que o amor surge entre os dois, mas a Congregação,
órgão formado por bruxos, vampiros e demônios, com a finalidade de organizar
este mundo sobrenatural, não aceitará uma relação inter-racial. Além disso,
Diana, sem querer, requisita um livro na Biblioteca de Oxford e este manuscrito
enfeitiçado se abre para ela. É quando começa uma perseguição. Para fugir da
Congregação e procurar o manuscrito, Diana e Mathew voltam ao passado.
É neste ponto que Shadow of Night começa. Bruxa e Vampiro
chegam ao ano de 1590, governado pela rainha Elizabeth, uma época de
incertezas, de bruxas caçadas na Escócia, de fanáticos religiosos e, por que
não dizer, do brilhante Shakespeare e do demoníaco Marlowe.
Diana descobre então que a história não é exatamente como
seus professores universitários contavam.
Diana e Mathew empreendem uma verdadeira trajetória na
procura do manuscrito e na busca de uma bruxa que possa ensinar Diana a usar
sua magia. Quando encontram Diana se vê cara a cara com toda a sua pesquisa
alquímica e descobre que ela nunca seria uma bruxa igual as outras.
Mathew do presente ao voltar ao passado, precisa assumir
suas funções que exercia naqueles tempos. Então ele se vê frente a frente com o
que ele foi e no que se transformou, e isso o impulsiona a fazer mudanças...
Não é bom falar muito mais para não estragar a surpresa. O
interessante, no entanto, é que ao ler este livro você fique atento as questões
do tempo e da ligação perpétua entre passado, presente e futuro.
Sem dúvida nenhuma foi o melhor livro que li este ano, e por
que não dizer, o melhor Romance em língua inglesa de 2012.
Se vou ler em português? Claro, no dia que chegar as
livrarias um dos exemplares já estará reservado. Não é sempre que se encontra
em ficção o verdadeiro equilíbrio entre o real e o sonho... e tem coisas que
são melhores compreendidas na língua que falamos no dia a dia.
Imagens tiradas da página do Facebook da autora.
1. Representação Alquimica.
2. Capa do livro em inglês
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