Pular para o conteúdo principal

A grave questão das revisões mal feitas


Todos nós temos a consciência de que ninguém é perfeito, principalmente quando o tema é Língua Portuguesa. Erros são cometidos a cada segundo, em qualquer canto do país. Isso é uma realidade que precisamos aceitar em nosso cotidiano. Fala-se cada vez pior e escreve-se pior ainda. No entanto, admitir erros em livros é algo que está longe das expectativas de qualquer um de nós.
O mínimo que se espera de uma editora é que ela nos entregue um produto – por que livro é produto. – sem defeitos e com qualidade excelente. Quando eu falo de qualidade estou dizendo o conjunto capa, impressão, tradução, revisão e preço justo. Infelizmente não é o que vem acontecendo.
A cada dia tenho encontrado mais e mais erros de revisão em livros, chegando ao limite de acreditar que as editoras não estão contratando profissionais para isso, e estão entregando o trabalho de revisão para pessoas sem a devida capacitação.
Quem é leitor compulsivo sabe que é horrível ler um livro mal traduzido, mas pior que isso é se aventurar em um mar de palavras erradas, frases truncadas e outros defeitos inadmissíveis na única “tabua de salvação” que resta para nossa maltratada língua portuguesa.
Tenha procurado elogiar em meus posts as editoras que conseguem excelência neste quesito. Empresas como Pensamento, Intrínseca e Rocco cujas páginas raramente apresentam um erro. No entanto, não posso deixar de falar das revisões ruins, e infelizmente me deparei com o péssimo trabalho de revisão do livro A Rosa da Meia Noite, cuja trama sensacional irei comentar no próximo post, mas que infelizmente o descaso na revisão chega a irritar.
Errar é humano e dificilmente um livro passará sem um único erro, mas coisas como troca de pronomes pessoais, falta de palavras nas frases é algo que não pode acontecer.
Vou citar o exemplo da página 568 “E não se importe SEU eu não passava de ilusão.(...)”  Seu eu???
E, para não dizer que estou falando apenas da Editora Novo Conceito – que publica grande nomes da literatura. – eu posso citar a Butterfly que também erra demais neste quesito.
O que estou dizendo aqui não é uma exigência de perfeição. Eu não poderia estar exigindo isso, pois estou muito longe desta perfeição, o que pode ser comprovado aqui no blog, mas o cuidado em contratar profissionais especializados, pessoas que são habilitadas para isso, o que tornará a possibilidade de erro quase zero.
Serviço de boa revisão é caro, mas necessário. Não acredito que isso encareceria muito mais do que já está. Livro no Brasil e quase um artigo de luxo.
Quando promovo a leitura em meu blog, não estou incentivando apenas a busca do prazer, mas o aprimoramento da língua, e isso não poderá ser feito se os livros estiverem cheios de erros.
Então sugiro que os leitores façam o que fiz. Mandem e-mails, mensagens via facebook, sempre inbox para as editoras que extrapolarem a quantidade de erros possíveis. Às vezes, e isso deve estar ocorrendo muito, os Editores não têm tempo de ler o livro entes de ir para a gráfica e não sabem que suas publicações estão sendo impressas repletas de erros.
Eu sinceramente espero que isso acabe.

E você leitor, já encontrou muitos erros nos livros que lê?

Comentários

  1. Pois é, amiga.
    Todos nós estamos sujeitos a erros. Diversas vezes reli resenhas minhas e encontrei erros de digitação. Por mais que eu tome cuidado, às vezes escapa. Mas eu escrevo resenhas e não livros. Acho um desaforo quando encontro inúmeros erros em um livro, já que as editoras tem, ou deveriam ter, profissionais qualificados para fazer inúmeras correções!
    Eu tenho muito problema com os livros da Planeta!!
    beijos
    Camis

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigada, seu comentário é muito importante.
Caso vá comentar no modo anonimo, por favor assine seu comentário.

Obrigada pela participação.

As mais vistas

Inferno

Autor:  Dan Brown Tradutor: Fabiano Morais e Fernanda Abreu Editora:  Arqueiro Número de páginas:  448 Ano de Lançamento:  2013 (EUA) Avaliação do Prosa Mágica:   9                               Gênio ou Louco? Você termina a leitura de Inferno e continua sem uma resposta para esta pergunta. Dan Brown nos engana, muito, de uma maneira descarada, sem dó de seu leitor, sem nenhuma piedade por sua alma. O autor passa praticamente metade do livro te enganando. Você se sente traído quando descobre tudo, se sente usado, irritado, revoltado. Que é esse Dan Brown que escreveu Inferno??? Nas primeiras duzentas páginas não parece ser o mesmo que escreveu brilhantemente Símbolo Perdido e Código D’Vince.  Mapa do Inferno. Botticelli. Então, quando você descobre que está sendo enganado, assim como o brilhante Robert Langdon, a sua opinião vai se transformando lentamente, e passa de pura revolta a admiração. É genial a manipulação que Dan Brown consegue fazer c

Setembro

Autor:   Rosamund Pilcher Tradução: Angela Nascimento Machado Editora:  Bertrand Brasil Número de páginas: 462 Ano de Lançamento: 1990 Avaliação do Prosa Mágica:   10                         É uma história extremamente envolvente e humana que traça a vida de uma dúzia de personagens. A trama se passa na Escócia, e acontece entre os meses de maio a setembro, tendo como pano de fundo uma festa de aniversário que acontecerá em grande estilo. Violet, que me parece ser a própria Rosamund, costura a relação entre as famílias que fazem parte deste romance. Com destreza e delicadeza, a autora   nos conta o cotidiano destas famílias, coisas comuns como comer, fazer compras, tricô, jardinagem. Problemas pessoais como a necessidade de um trabalho para complementar a   renda e outras preocupações do cotidiano que surpreendem pela beleza que são apresentadas. É um livro em camadas, que pode ser avaliado sobre vários aspectos que se complementam. Pandora, por exemplo, é o

O Símbolo Perdido

Autor: Dan Brown Tradutor:   Fernanda Abreu Editora: Sextante Ano de Lançamento:  2009 Número de páginas:  490 Avaliação do Prosa Mágica: 10 Uau!! Cheguei ao fim com a impressão de ter ficado sem respirar por todas as páginas. O ano mal começou e já tenho um livro para a lista dos mais queridos de 2014. Não é possível que ele seja superado por outro. Você não precisa ser exatamente um amante de simbologia antiga, ou maçom para gostar da história, mas se for com certeza a trama terá mais sabor. Dan Brown desfila através das palavras todo seu talento em “fazer textos” que envolvem, prendem  e deixam marcas. Alias, a palavra é a tônica da trama. Mais uma vez Robert Langdom se mete em uma enrascada. Quando é supostamente chamado por um amigo para dar uma palestra em Washington, acaba descobrindo que foi usado para decodificar um antigo segredo ligado a maçonaria. A Pirâmide Maçônica, material de incontáveis sites e blogs na internet toma vida e as peças que pare

Seguidores