Autor: Will Schwalbe
Tradutor: Rafael Mantovani
Editora: Objetiva
Número
de páginas: 396
Ano
de Lançamento: 2012
(EUA)
Avaliação
do Prosa Mágica:
10
Peço
licença aos meus leitores para extrapolar nas minhas analises e fazer da
resenha de O Clube do Livro do Fim da Vida, muito mais um bate papo que uma
resenha propriamente dita.
Penso
em Will Schwalbe como uma pessoa privilegiada e ao mesmo tempo de uma
sensibilidade incomum. Escrever um livro sobre a própria mãe lutando contra um câncer
sem cura, falar de livros e literatura e transformar tudo isso em uma história
que prenda o leitor, não é uma tarefa fácil.
O
que dizer de um livro que trata da verdade? Que biografa uma mulher genial. Que
lutou e defendeu refugiados, pessoas frágeis e desprotegidas, e que ao mesmo
tempo cuidava da família, gostava de arte, lia como uma devoradora e demonstrou
uma força sem limites ao lutar contra uma doença cruel.
Mary
Ann é a personagem principal, mas Will é um condutor tão generoso e tão hábil
que nos deixa penetrar em sua mente e processar todo o amadurecimento que é
necessário para aceitar a morte próxima de um ente mais que querido.
A
cada comentário, a cada livro, uma nova lição de vida. São momentos de uma
intimidade profunda que ele compartilhou conosco, e que poderá com certeza
ajudar muitas pessoas que estão passando pelo mesmo problema.
Mary
nos ensina a ser fortes, a lutar pela vida, a acreditar que tudo pode ser
melhor do que enxergamos. Sua visão da literatura era fascinante. Ela parece
sempre encontrar algo de positivo na trama, ou por que realmente o autor
desejou passar esta informação, ou pelo simples fato de que por traz daquelas
páginas há um ser humano que dedicou horas de sua vida escrevendo aquele livro,
e que só por isso merece ser respeitado.
Seus
comentários sobre Londres são poéticos, e confesso que fiquei emocionada já que
compartilho completamente desta visão.
Mary-Anne Schwalbe |
Se
apenas isso não for o suficiente para que você se interesse pelo livro. O Clube
do Livro do Fim da Vida é um guia de leitura. Há dicas de leitura para pelo
menos dois anos de trabalho prazeroso.
Vou
citar apenas algumas, já que a maioria não tem tradução para o português. Uma
delas é o livro de Alan Bennett (Uma real leitora), no Brasil editado pelo
Rocco: John Updike (São vários os títulos; Stieg Larsson (Os homens que não
amavam as mulheres), um livro que confesso já ter pegado nas mãos diversas
vezes e devolvido a prateleira da livraria, mas que agora está na minha lista
de futuras leituras.
Enfim,
muitas vezes ficamos tão ávidos em ler fantasia que os bons livros biográficos
acabam ficando em último plano. Alguns autores, no entanto, com todo o seu
talento nos deixa conhecer e penetrar na vida de pessoas que valem a pena
conhecer.
Li
este livro e recomendo.
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