Autor: J. Barton
Mitchell
Tradutor: Denise de C. Rocha
Saga
da Terra Conquistada. #2
Editora: Jangada
Número
de páginas: 472
Ano
de Lançamento: 2015
Avaliação
do Prosa Mágica: 10 +
Finalmente “A Torre Partida” chegou às livrarias.
Tenho dois motivos para comemorar: um deles é o próprio livro, um grande
presente aos leitores brasileiros; o outro é o fato do Prosa Mágica estar na
orelha da edição, algo que eu nunca havia sequer sonhado em acontecer. Tive o
privilégio de ler A Torre Partida antes do lançamento e fiz uma resenha que
vocês verão a seguir, na integra. E, para minha surpresa e felicidade um trecho
dela está impressa na orelha da edição.
Não quero me alongar contando tantos detalhes, mas
quero acrescentar a resenha original que o capa ficou linda, e a edição está muito
bem acabada. Então ai vai:
“Outubro de 2014 - É raro o
privilégio de poder ler uma tradução antes ser publicada. Confesso que isso
nunca aconteceu comigo, e o e-mail da Editora Jangada me questionando se havia
interesse em ler A Torre Partida, de J. Barton Mitchell, segundo livro da série
Saga da Terra Conquistada, me provocou uma única reação: - SIM, é claro. E
depois disso confesso que pulei de excitação.
Cidade
da Meia Noite, o primeiro livro da série, foi uma das melhores tramas que li
este ano, não só pela qualidade da história, mas pelo fator surpresa proporcionado
pela criatividade do autor. E foi com muita satisfação que pude comprovar que A
Torre Partida, é incomparavelmente melhor que o primeiro livro. É excepcional.
Só
para fazer uma breve retrospectiva, em Cidade da Meia Noite, a Terra havia sido
invadida por alienígenas. A invasão foi devastadora, e em pouquíssimo tempo,
todos os adultos desapareceram vitimas de um fenômeno estranho chamado
Estática, uma espécie de “comunicação” que vai cegando os adultos e os tornando
uma espécie de zumbis que vão de livre vontade para o que seria a “sede”
alienígena. Neste livro conhecemos Holt, Mira e menina Zoey, três personagens
cativantes que empreendem uma jornada juntos na expectativa de ajudar Zoey a
chegar as Terras Estranhas e cumprir sua missão. (Veja detalhes na resenha
publicada neste blog)
Já
na Torre Partida, Mira assume o comando como uma espécie de heroína da trama,
exatamente o tipo de heroína que eu gosto – real, cheia de dúvidas, hesitante,
mas com coragem suficiente de ir em frente. - Mira e Zoey formam um todo
inseparável, enfrentando todos os problemas que surgem em seus caminhos, e não
são poucos, e tem como contraponto, como porto seguro Holt, o ex-caçador de
recompensas, que está mais confuso do que nunca neste livro, mas tem alguma coisa
que o faz ser incisivo quando fala com Mira, mesmo que em alguns momentos ele
faça coisas das quais vai se arrepender. A trama toda se passa nesta viagem
através das Terras Estranhas e das aventuras que o trio vive.
A
primeira coisa que chama atenção no livro é a descrição dos cenários, dos
sentimentos, das pessoas e alienígenas. J. Barton Michell consegue impregnar de
realidade os cenários mais irreais, e você acaba vivendo como se tudo aquilo
fosse possível. Ele descreve muito, mas nunca é cansativo. As batalhas são de
tirar o fôlego e há momentos tão bem ambientados que é possível ouvir os
canhões de plasma atirando por todos os lados, ou sentir os pesados passos dos
Confederados sem cor. – É quase como se estivéssemos lendo um livro em 4D – se
isso fosse possível.
Outra
coisa que chama a atenção é a relação fortíssima da trama com a física de
partículas. O cenário distópico de uma terra destruída nos lembra os quadros de
Salvador Dali com seus relógios derretendo, seus objetos flutuantes. E não é
só. O autor trata as infinitas possibilidades no tempo de uma forma metafórica
tão contundente, que talvez seja mais fácil para um estudante de física ler A
Torre Partida antes de uma aula teórica.
As
anomalias, a Torre e suas teorias, os possíveis antípodas de Zoey, e a decisão
e vontade como chave para mudanças é outro ponto forte na trama.
A
Torre Partida me capturou de uma forma tão contundente, que eu não queria
deixar de ler e ao mesmo tempo não gostaria de acabar a leitura, pois tinha a
consciência que teria que esperar muito tempo até o lançamento do próximo livro.
Não
há dúvida de que os leitores que gostaram do primeiro livro irão se apaixonar
pelo segundo, não só pela criatividade, mas também pela maturidade do texto de
J.B.Michell, que está se igualando a J.R.R Tolkien no quesito construção de
cenários.
Estou
torcendo para que Torre Partida vá
logo para as livrarias. Os fãs da saga não devem esperar muito tempo para ler
este tesouro. Sem dúvida, um dos melhores livros de ficção da atualidade, e
olha que sou fã de Isaac Asimov, e isso já diz muito sobre o que senti durante
a leitura.
Quanto
a você, meu querido leitor e apaixonado por ficção cientifica, aconselho que
leia Cidade da Meia Noite imediatamente e coloque Torre Partida dentre os
seus livros do desejo.
Agora
é aguardar.”
Maio de 2015 – Chegou!!!
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