Autor: Lucinda
Riley
Tradutor: Fernanda Abreu
Série: As Sete Irmãs – Livro 2
Editora: Arqueiro
Número
de páginas: 528
Ano
de Lançamento:
2015
Avaliação
do Prosa Mágica:
10+
Ainda
estou procurando palavras para expressar meus sentimentos em relação a este
livro. Lucinda Riley foi tão fundo e expressa de maneira tão contundente e ao
mesmo tempo encantadora a história de Ally, uma das sete irmãs, que encontrar um texto para contar um pouco
sobre a trama é missão quase impossível.
Para
começar digo e repito que Lucinda Riley não tem dó do leitor. Ela maltrata
nossos corações e mentes com cenas absolutamente tristes – é uma de suas
características – e o tema morte é recorrente em toda a sua obra. Nesta ela
chega a ser cruel....
Tudo
começa no mesmo ponto em que o primeiro livro se inicia. A morte de Pa Salt, o
benfeitor que adotou seis meninas, que foram
criadas em uma ilha paradisíaca com amor, coragem e respeito. Só que desta vez
você pode ver a morte dele pelos olhos de Ally, a segunda irmã. Uma mulher de
coragem, uma velejadora experiente e com música correndo em suas veias.
Ally
parece ser mais objetiva que Maia. Tem características menos frágeis, e ao
mesmo tempo, bem mais delicadas. É uma contradição deliciosa entre passado e
futuro que constrói sua imagem.
Nossa
personagem acaba de encontrar um amor, e este sentimento a ajuda a passar pela
pior notícia de sua vida: - a morte do pai. No entanto, a vida não será muito
legal com ela, e Ally acaba mergulhando em uma busca pelo seu passado que
a leva a Noruega, a música de Grieg e a
uma família genial de músicos e compositores famosos. Como se não bastasse
isso, Ally descobre muito mais sobre si mesma e sobre seu futuro.
Lucinda
Riley nos leva a esta viagem de uma maneira encadeada, ora lenta e melíflua como
um noturno, ora vibrante como uma polonese. Ela parece ter composto uma
sinfonia ao longo das páginas, e é essa a grande diferença entre a Maia – a primeira
irmã – e Ally. A protagonista desta trama.
O
vai e vem temporal não é estonteante, como em outras obras dela. Aqui ela
parece retornar ao ritmo intenso, mas regrado de A Casa das Orquídeas (primeiro
livro da autora que foi lançado no Brasil). Você consegue compor o tempo sem
que ele seja quebrado de forma abrupta.
Lucinda
Riley é, sem dúvida, uma das melhores romancistas dos dias de hoje. Sua
produção intensa não parece, em momento algum, transforma-la em um texto
comercial, muito pelo contrário. Para quem acompanha todos os seus livros, a
autora parece afinar cada vez mais o texto e produzir obras sofisticadas e
complexas, que vai agradar aos leitores mais exigentes.
Eu
estou aguardando ansiosa o texto sobre a terceira irmã, mas com certeza A Irmã
da Tempestade é um livro que precisa ser relido.
O
único problema da leitura é que ao acabar, dá uma vontade imensa de pegar o
primeiro avião para a Noruega. Quem sabe um dia....
Suite Peer Gynt Suites 1 e 2 - Amanhecer
Ainda não li nenhum livro de Lucinda Riley! Com a leitura desse post fiquei com muita curiosidade para começar a ler essa autora... muito boa a resenha!
ResponderExcluirA trama que a Lucinda Riley engendrou para este livro é fascinante e os conhecimentos de música demonstrados pela autora são encantadores. Ela salva a trama não tão boa do primeiro livro da saga e promete uma sequência muito instigante.
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