Autor: Kristin
Hannah
Tradutor: Claudio Carina
Editora: Arqueiro
Número
de páginas: 432
Ano
de Lançamento:
2015
Avaliação
do Prosa Mágica:
10
Antes
de ler a resenha, ouça o canto do Rouxinol:
O
que você sente quando ouve este canto? Alegria, felicidade, jovialidade, força,
coragem, qual sentimento te toca mais fundo?
O
pássaro rouxinol é associado a muitas lendas e mitos. De Homero a Shakespeare,
o pássaro já foi o fim de muitos personagens, mas o fato é que a maioria dos
mitos nos remete a sentimentos de lamento, tristeza e comoção. Não seria
diferente no livro de mesmo nome, de Kristin Hannah.
Na
tranquila aldeia de Carriveau, Vianne Mauriac está se despedindo do marido que
vai para guerra. A personagem não acredita que os nazistas invadirão a França,
mas isto acontece tão rápido que mal dá tempo para que ela pense, e quando
percebe tem um alemão morando em sua casa.
A
irmã Isabelle é impetuosa, e desde os primórdios da guerra busca uma forma de
ajudar o país a se livrar da praga nazista.
O
Rouxinol é um livro tocante, profundo que mexe com o leitor desde a abertura e
nos suspende no ar nas cem páginas finais.
A
abertura de visão da autora, que nos mostra o cotidiano de pessoas comuns
durante a guerra e daquelas que sacrificaram sua própria vida para combater o
nazismo, tece a trama que nos conduz a um final surpreendente.
Vianne
é alguém que você pode encontrar com mais freqüência. Pessoas comuns, que não querem
fazer nada mais que proteger suas vidas, até que algo as abala e a suas
percepções se ampliam, trazendo a coragem para o seu cotidiano.
Isabelle
é a que dá o brilho na história. É ela que vai enfrentar céu e inferno para
salvar a vida de pilotos cujos aviões foram destruídos pelos nazistas, é ela
que dá o tom da coragem e da participação efetiva das mulheres nesta guerra
sangrenta, que matou aproximadamente 47 de milhões de pessoas entre civis e
militares, sendo que cerca de 1 milhão de judeus morreram em campos de
concentração.
Também
tem Beck, o alemão que fica aquartelado na casa de Vianne. Um soldado obrigado
a entrar em uma guerra deixando sua família e filho, e que acreditava na defesa
de seu país, até que se depara com atos de seu exército que causam vergonha.
Tem uma passagem tocante em que ele expressa este sentimento. É Beck que dá o
contraponto a qualquer visão radicalista, mostrando que sempre existe outro
lado de uma mesma moeda.
O
Rouxinol é para quem quer conhecer, quem busca fazer o segundo olhar sobre um
mesmo tema. É nele que perecebemos, e nos chocamos, em quanto as mulheres foram
(e ainda são) relegadas ao segundo plano. Enquanto os homens receberam medalhas
e honrarias por seus feitos, as verdadeiras guerreiras nunca foram lembradas.
Kristen,
neste ponto, fez uma grande homenagem a estas anônimas mulheres através das
figuras de Isabelle, Vianne, Rachel e tantas outras que aparecem na trama.
É
um livro de leitura obrigatória.
Oi, Soraya.
ResponderExcluirEstou com esse livro aqui na estante, mas ainda não tive coragem de pegar para ler. Tenho tanta resenha para escrever, que estou me dedicando mais a colocar minhas coisas em dia do que ler. Mas assim que tiver um tempo, vou ler esse livro com certeza!
beijos
Camis - Leitora Compulsiva