Pular para o conteúdo principal

A Mulher do Viajante no Tempo

Autor:  Audrey Niffenegger
Tradutor: Adalgisa Campos da Silva
Editora:  SUMA
Número de páginas: 454
Ano de Lançamento: 2003
Avaliação do Prosa Mágica:  8


Segundo a mitologia grega, Penélope era casada com Ulisses, um grande guerreiro. Quando ele partiu para a Guerra de Tróia, se passaram 20 anos até que ele retornasse. Penélope se manteve fiel ao seu amor. Mas, pressionada por seu pai a se casar novamente, ela aceita fazê-lo, mas os novos pretendentes deverão esperar que ela acabe de tecer um sudário para o pai de Ulisses. Espertamente, Penélope tece durante o dia e desmancha durante a noite. Ela mantém esta farsa até o dia que uma serva descobre e espalha para todos.

“A mulher do Viajante no Tempo”, de Audrey Niffenegger, nos remete a uma Penélope moderna, que aguarda seu marido todas as vezes que ele desaparece em algum lugar no tempo passado ou futuro. Claire tece com suas linhas, o fio do tempo que está rompido devido a singularidade provocada por seu Henry, o viajante.
O livro de Audrey é estranho e nos causa desconforto em alguns momentos. Não é uma trama fácil de ler, tampouco é dinâmica. Há horas em que o texto é chato, monótono, irritante, como se pegássemos o diário de alguém para ler. No entanto, por mais estranho que pareça, você quer chegar ao final, quer saber o que vai acontecer com este ser tão estranho, que viaja sem querer para outros tempo, sempre pelado e, mesmo sendo uma pessoa honesta, precisou aprender a roubar, arrombar e enganar, para não ser morto.
Considero que os momentos mais interessantes são os que se passam no presente, que teoricamente é o ponto de partida de Henry.
Tem outro fato interessante. O viajante no tempo é Henry, pois é ele que vive sua existência se deslocando de um lado para outro. No entanto, a verdadeira viagem quem faz é a esposa, Claire. É ela quem sabe com antecedência que vai conhecê-lo e se casar. É Clare que vive todos os Henrys existentes nos lapsos temporais provocados por todas as suas viagens.
O livro é uma loucura que não agradará aos leitores mais tradicionais, mas que encantará a todos aqueles que gostam de novas experiências, novos rumos em tramas de ficção.

O livro foi adaptado para o cinema. Vale a pena passar na locadora ou quem sabe na Netflix para assistir.



Comentários

  1. Oi, Soraya!
    Apesar da sua nota oito, percebi que você não se empolgou muito com o livro.
    Mas eu AMO essa história!! Adoro a forma maluca como a autora narra tudo e chorei horrores!! rs...
    beijos
    Camis - Leitora Compulsiva

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigada, seu comentário é muito importante.
Caso vá comentar no modo anonimo, por favor assine seu comentário.

Obrigada pela participação.

As mais vistas

Inferno

Autor:  Dan Brown Tradutor: Fabiano Morais e Fernanda Abreu Editora:  Arqueiro Número de páginas:  448 Ano de Lançamento:  2013 (EUA) Avaliação do Prosa Mágica:   9                               Gênio ou Louco? Você termina a leitura de Inferno e continua sem uma resposta para esta pergunta. Dan Brown nos engana, muito, de uma maneira descarada, sem dó de seu leitor, sem nenhuma piedade por sua alma. O autor passa praticamente metade do livro te enganando. Você se sente traído quando descobre tudo, se sente usado, irritado, revoltado. Que é esse Dan Brown que escreveu Inferno??? Nas primeiras duzentas páginas não parece ser o mesmo que escreveu brilhantemente Símbolo Perdido e Código D’Vince.  Mapa do Inferno. Botticelli. Então, quando você descobre que está sendo enganado, assim como o brilhante Robert Langdon, a sua opinião vai se transformando lentamente, e passa de pura revolta a admiração. É genial a manipulação que Dan Brown consegue fazer c

Setembro

Autor:   Rosamund Pilcher Tradução: Angela Nascimento Machado Editora:  Bertrand Brasil Número de páginas: 462 Ano de Lançamento: 1990 Avaliação do Prosa Mágica:   10                         É uma história extremamente envolvente e humana que traça a vida de uma dúzia de personagens. A trama se passa na Escócia, e acontece entre os meses de maio a setembro, tendo como pano de fundo uma festa de aniversário que acontecerá em grande estilo. Violet, que me parece ser a própria Rosamund, costura a relação entre as famílias que fazem parte deste romance. Com destreza e delicadeza, a autora   nos conta o cotidiano destas famílias, coisas comuns como comer, fazer compras, tricô, jardinagem. Problemas pessoais como a necessidade de um trabalho para complementar a   renda e outras preocupações do cotidiano que surpreendem pela beleza que são apresentadas. É um livro em camadas, que pode ser avaliado sobre vários aspectos que se complementam. Pandora, por exemplo, é o

O Símbolo Perdido

Autor: Dan Brown Tradutor:   Fernanda Abreu Editora: Sextante Ano de Lançamento:  2009 Número de páginas:  490 Avaliação do Prosa Mágica: 10 Uau!! Cheguei ao fim com a impressão de ter ficado sem respirar por todas as páginas. O ano mal começou e já tenho um livro para a lista dos mais queridos de 2014. Não é possível que ele seja superado por outro. Você não precisa ser exatamente um amante de simbologia antiga, ou maçom para gostar da história, mas se for com certeza a trama terá mais sabor. Dan Brown desfila através das palavras todo seu talento em “fazer textos” que envolvem, prendem  e deixam marcas. Alias, a palavra é a tônica da trama. Mais uma vez Robert Langdom se mete em uma enrascada. Quando é supostamente chamado por um amigo para dar uma palestra em Washington, acaba descobrindo que foi usado para decodificar um antigo segredo ligado a maçonaria. A Pirâmide Maçônica, material de incontáveis sites e blogs na internet toma vida e as peças que pare

Seguidores