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Por um mundo com mais maçãs suculentas


Vez ou outra recebo alguma coisa interessante pelo WhasApp. Ontem veio um pequeno texto que é uma preciosidade, não só pela forma como foi escrito, mas pela mensagem que carrega.
Vou resumir a estória. Um menino tinha duas maçãs e seu pai pediu que lhe desse uma delas. O garoto olhou para o pai e pareceu refletir um instante no que faria, e logo em seguida mordeu uma maçã e depois a outra. O pai ficou lívido, mas tentou disfarçar sua decepção. Então, o menino lhe oferece uma das maçãs já mordidas e com um sorriso de derreter, fala para o pai: - Esta é a mais doce, papai.
Nem preciso dizer que este pequeno conto é uma lição de moral muito grande. Vivemos um tempo em que se julga antes de conhecer; tempos em que se condena antes da certeza da culpa. Tempos difíceis.
Em quantos livros eu vi esta cena se repetindo com outras roupagens, outros personagens. Há quanto tempo escritores tentam passar esta mensagem através de sua criatividade e imaginação, mas parece que a sociedade não compreende.
Ontem eu vi – pela centésima vez – uma das cenas que eu mais gosto no cinema adaptado de livros.  Em Orgulho e Preconceito, Elizabeth recusa o amor de Darcy, por não crer que ele pudesse ser um homem bom. Ela o avaliava apenas pelas aparências. Logo em seguida, a cena em que ela lê a carta que ele envia, e que em poucas linhas põe por terra todo o preconceito que Lizzy possa ter por Darcy. Aquele instante (que no livro é bem mais denso) nos remete ao menino com as maçãs.

Em resumo: Precisamos de mais pessoas compartilhando a maçã mais doce  e menos bruxas distribuindo maçãs envenenadas.

Comentários

  1. Amei a sua reflexão, Soraya!!
    Lindas palavras.
    Infelizmente vivemos em um mundo de aparências e julgamentos. É triste!
    Beijos
    Camis - Leitora Compulsiva

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