Autor: Esteban
Martin e Andreu Carraza
Tradutor: Luis Carlos Cabral
Editora: Record
Número
de páginas: 378
Ano
de Lançamento:
2009
Avaliação
do Prosa Mágica:
9
Tenho
uma paixonite por romances históricos. Não me importa muito se a trama “segue a
risca” os fatos históricos, ou os usa apenas como pano de fundo para desenvolver
algo que irá nos prender e fascinar. O Código Gaudí, da improvável junção de
dois autores Esteban e Andreu Carranza é um desses casos, usa como pano de
fundo a Barcelona de Gaudí, para nos apresentar uma aventura cheia de mistério
e ação.
O
Código Gaudí foi publicado em 2007 com uma trama difícil de ser explicada. A
protagonista é Maria, neta de um aprendiz de Gaudí. Maria é uma historiadora da
arte e apaixonada pelo pintor. Quando retorna para ver seu avô que está
internado em uma casa de repouso com sérios problemas de memória, é introduzida
em um mundo de fantasia que remonta os tempos antigos e apresenta uma ordem de
cavaleiros milenar que protege um segredo cuja profecia deverá ser realizada
por Maria. Ao seu lado junta-se Miguel, matemático descrente, que acaba
ajudando a protagonista e cumprir seu destino. Barcelona é o pano de fundo da
trama, e a obra de Antonio Gaudí é o guia para que Maria chegue ao final de sua
profecia e em sua luta contra uma seita demoníaca.
A Sagrada Família |
Quando
você inicia a leitura, tem a sensação que será um livro fácil, uma cópia do
livro “O Código Da Vince”, de Dan Brown, mas no decorrer da trama percebe que
houve um engano de julgamento. O livro traz longas discussões sobre a obra de
Gaudí, sobre temas cristãos e seus simbolismos. É totalmente referencial e você
não pode se distrair na leitura, senão a conexão dos fatos ficará difícil de
ser realizada. Tudo isso sem deixar de contemplar uma aura de mistério e uma
onda de assassinatos de arrepiar.
Sem
comparações mais profundas, O Código Gaudí me lembra Umberto Eco em “O Nome da
Rosa”. É claro que não dá para comparar a maestria de Eco com Esteban e Andreu.
No entanto, ambos têm uma “pegada” do autor italiano, misturada com a fluidez
de texto de Dan Brown. Estes fatos me deixam a vontade para prever que ambos,
se amadurecerem seu estilo, ainda nos trarão grandes obras.
Parque Guell |
Não
sei até que ponto tudo o que se falou sobre a obra de Antonio Gaudí é
verdadeiro, mas lança um olhar diferenciado sobre o que já se conhece. A obra
passa de simples decoração para uma significação mais profunda. Você termina a
trama com vontade de reservar uma passagem para Barcelona e fazer o mesmo
caminho que Maria fez para desvendar o segredo.
As
alusões cristãs são profundas e questionadoras. Maria é o amor da vida de
Miguel, chamado de arcanjo na trama; a igreja como instituição terrena é
questionada e criticada; a compreensão da mensagem de Jesus pelos apóstolos é
questionada, devido ao alcance que cada um deles poderia fazer diante da
grandiosidade a que foram apresentados.
Não
é um livro fácil de ler, pois requer atenção do leitor. No entanto é um livro
agradável, que você deseja ler rápido para saber o final e depois, se arrepende
de ler tão rapidamente, pois será obrigado a se despedir dos personagens.
Casa Batlo |
Eu
não conhecia o livro até ser presenteada por uma amiga, e confesso que me pego
pensando sem querer na trama, como se ela fosse tão real que fizesse parte da
vida.
Se
isso não é uma boa indicação de leitura, confesso que não sei o que seria.
Se você gosta de mistério,
suspense, um toque de fantástico e história, vai se apaixonar por esta trama.Casa VIcens |
Casa Mila |
La Pedrera |
Acabei de ler o livro.. e fui direto pesquisar sobre ele e sobre a vida de Gaudi e sua obra em Barcelona. A trama é envolvente e inspiradora. Torce-se pela personagem principal (Maria) e ainda aprendo sobre a vida e obra deixada por Gaudi.
ResponderExcluirRecomendo a leitura, e, como apontado, leia saboreando cada palavra e cena descrita pelos autores.