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Assassinato no Expresso do Oriente




Autor:  Agatha Christie
Tradutor: Archibaldo Figueira
Editora: Harper Collins
Número de páginas: 200
Ano de Lançamento Brasil: 2019 (Esta Edição)
Avaliação do Prosa Mágica: 10
                       

Agatha Christie é considerada a rainha do crime, publicou 79 romances e livros de contos e 12 peças de teatro. E, para espamto de muitos, também enveredou pelos romances românticos, e publicou 6 com o pseudônimo de Mary Westmacott.
Confesso aos leitores, que nunca tinha lido nada da autora, e depois de finalizar esta leitura estou me perguntando o porquê. A obra de Agatha Christie é uma escola para escritores. Mas, vamos ao livro.
O Assassinato no Expresso do Oriente é uma obra prima do mistério. Você não consegue descobrir o assassino sozinho, a autora não nos permite este privilégio. O autor dos crimes é revelado quase na última página, e você fica sabendo junto com os personagens da trama.
Não vou falar muito da história, por que ela é bem conhecida, já que a trama foi parar nas telas do cinema.
O que nos surpreende no livro de Agatha Christie é a capacidade de nos trazer elementos da cultura inglesa, sempre permeados por um pouco de fantasia e de ironias. Não é raro ver no “Assassinato no Expresso do Oriente” frases irônicas sobre detalhes da vida inglesa, que nos faz rir e dá uma leveza a obra. A autora brinca com sua cultura sem ser ofensiva.
O livro também apresenta um aspecto interessante, representado claramente pele divisão que existe no trem – a separação por classes. E também os estereótipos do italiano bruto, o americano falador, a francesa refinada, o russo soberbo, o inglês que não se mistura com outros etc. É delicioso ver a autora apresentar um a um dos personagens quando o detetive inicia suas investigações, e como as máscaras de cada um deles caem aos pouco, quando se mergulha mais a fundo em suas personalidades.
Agatha Christie - Imagem da WEB
Não considerei o livro como fruto de uma “cultura de massa” como muitos autores que pesquisei na internet descreveram. Por que cultura de massa não é simplesmente algo que todos gostam e consomem, mais é produto com baixo repertório, e isso significa pouca informação. E, pelo menos neste livro, Agatha Christie não  chega nem perto de um baixo repertório, muito pelo contrário, finalizamos o livro recheados de novas informações, que precisam ser decodificadas, por que não são dadas de graça para o leitor.
Enfim, Agatha Christie é para todos os gostos, e assim como eu, se você nunca leu nada da autora, “Assassinato no Expresso do Oriente” é o melhor inicio.

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