Todo o final e inicio de um novo ano é sempre a mesma coisa. A TV nos mostra os incontáveis gurus abrindo seus Tarôs, jogando búzios, videntes desvendando boas e más notícias. As retrospectivas televisivas, impressas e digitais parecem um festival de tragédias que nos levam a querer que um ano se vá e o outro chegue logo.
No campo pessoal a lista começa com regimes
impossíveis, metas de leitura inatingíveis, viagens dos sonhos que sempre ficam
apenas neste patamar, isso sem contar as pessoas que acreditam em metas como “arrumar
uma esposa/marido”, “conseguir um namorado perfeito, tipo Rodrigo Hilbert” e “o
emprego dos sonhos”, que nem as pessoas mais ricas e bem colocadas têm.
Porque
boicotamos nossos planos?
Estudo
do Statistic Brain Research Institute mostra que 50% das
pessoas que elaboram planos já desistiram deles ao final do mês de janeiro.
Na maioria das vezes, esta desistência se
deve a planos irreais, completamente fora da realidade da pessoa ou então pela
absoluta falta de planejamento.
Um objetivo parte sempre de um processo
interno de autoconhecimento, que muitas vezes vai exigir que a pessoa encare
suas dores e limitações, e nem sempre estamos dispostos a fazer isso.
Um plano precisa, necessariamente, ter uma
conexão racional e emocional com o que somos e queremos ser, sem isso, você não
conseguirá criar o impacto positivo tão necessário para cumprir a caminhada necessária
para atingi-lo.
Como leitora voraz, sou campeã em estabelecer
metas de leitura, quantificar livros a serem lidos ao longo de um ano. No
entanto, preciso sempre avaliar o que estou disposta a fazer para cumprir a
meta; quanto tempo terei disponível diariamente para fazer isso e se terei
recursos financeiros suficientes para adquirir a quantidade de livros desejados?
Um dos campeões nas listas de planos para o
ano são as viagens, mas na maioria das vezes as pessoas se esquecem de compreender
o quanto de economia terá que fazer para realizar aquela viagem desejada e
também avaliar se o salário que recebe possibilita reservar o montante
necessário. E caso não seja o suficiente precisamos nos perguntar: estou
disposto a trocar de trabalho? Como farei isso?
Menos
é mais
A cada ano que passa eu acredito que metas
mais singelas obtêm melhores resultados. Todas as vezes que se consegue
realizar um desejo da lista de ano novo, por mais simples que seja, isso
provocará uma reação positiva, uma sensação de vitória, que te prepara para
metas mais ousadas.
Passei a vida toda fazendo listas impossíveis,
de viagens pelo mundo a empregos do “país das maravilhas” e ao final do ciclo
de 365 dias, a lista sempre trouxe uma sensação negativa. Por isso, cada vez
mais, creio que pequenas coisas como “dedicar mais tempo a saúde”, “tirar 5
minutos por dia para observar a natureza”, “assistir um filme por semana que te
faça feliz”, “dedicar mais tempo as pessoas que te cercam” devem ser os
objetivos primordiais de uma lista. São eles que irão alavancar os outros, que dependem
de uma complexidade maior.
Já pensou nos seus objetivos para 2022? São
objetivos possíveis ou futuras frustrações? Eu já repensei os meus.
Seja feliz em 2022.
Comentários
Postar um comentário
Obrigada, seu comentário é muito importante.
Caso vá comentar no modo anonimo, por favor assine seu comentário.
Obrigada pela participação.