Foto Info ENEM
Hoje
o Sexta de Prosa está um pouquinho
diferente. Decidi reproduzir um texto que escrevi no dia seguinte a invasão da
Ucrânia pelos Russos e ainda não havia publicado. Não é um assunto leve, mas
algo para que possamos refletir sobre nossa passagem neste planeta chamado
Terra.
Qual
é nosso papel em tudo o que acontece na humanidade? O que podemos fazer para
melhorar tudo isso? O que estamos fazendo de errado no dia a dia que pelas
redes (não as sociais) gera estas dores do outro lado do planeta?
Vou
reproduzir aqui a carta da forma que escrevi.
Bom
final de semana!
São Paulo, 25 de fevereiro
de 2022.
Querido Tempo,
Nós não
sabemos quanto tempo temos, é o único defeito real que o ser humano tem ao vir
para este planetinha chamado Terra. Nascemos simplesmente, e desde aquele dia
vamos vivendo cada segundo, sem nos darmos conta da subtração de nossos dias
terrenos.
Diante das
notícias de tantas mortes fica difícil
não pensar sobre o assunto; imaginar que a única certeza que possuímos é o
tempo presente, e que devemos vivê-lo de maneira intensa e proveitosa.
Olho o povo
na Ucrânia, que de uma hora para a outra precisou sair de suas casas, cidades,
país, portando apenas uma pequena mala, uma grande dor seguindo em direção ao
desconhecido. Não é fácil, talvez de certa forma, seja um pequeno ato heroico
que cada um deles realiza, e com isso eles vão eternizando a vida, o momento.
Sem estes pequenos heróis, sem esta força descomunal que eles possuem as
guerras já teriam exterminado a humanidade.
Somos feitos
de poeira das estrelas, e como a fornalha que nos criou, passamos pela forja do
calor extremo, da separação, para que possamos brilhar.
Estas são
palavras tão pequenas diante da dor de todo um povo, que sinto vergonha em
escrevê-las. No entanto, preciso mais do que nunca escrever isso, porque meu
coração não suporta mais ver tanta gente sofrendo, se despedindo, morrendo de
bomba, de fome, de sede, de dor, de saudades...
Estou tão
longe fisicamente que me sinto inútil neste momento. Queria poder abrigá-los,
confortá-los, dar um pouquinho do amor que eles merecem neste instante.
Por que este
egoísmo tão grande que destrói vidas? Por que todos aqueles tanques, foguetes,
mísseis e outras degradantes armas que despencam na cabeça do povo ucraniano?
Sem reposta.
Quisera ter poder para acabar com isso. Só posso pensar, só posso entrar em
contato com boas energias e enviar todas para eles.
E pensar que
não são apenas os ucranianos que sofrem, há outras grandes misérias na
humanidade. Mas hoje, só consigo pensar neles.
Sou pequena,
muito pequena, diante de tanta dor.😢
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