Existe neste mundo algo melhor que um bom livro? Se existir eu não conheço. Já falei aqui exaustivamente sobre os “poderes mágicos” de um bom romance. E, é claro que um objeto tão valioso como ele teria um dia especial.
Em 23 de abril, ontem, comemorou-se o Dia Mundial do Livro e também
dos direitos do autor. Não esqueci da data, pode ter certeza, mas dediquei meu
domingo ao “aniversariante”, curtindo uma boa leitura, vivendo outras vidas,
fazendo um diálogo com um autor que não conheço pessoalmente (mas é como se
conhecesse), com personagens que – no caso deste livro – eu nunca me
relacionaria. O livro é vivo quando está aberto e diante de um leitor.
Claro que eu não deixaria de falar sobre a data, mas como poderia ter dito nossa querida e criativa cantora Rita Lee em uma de suas músicas: - “Todo dia, é dia de livro”.
Para situar historicamente, a data foi
escolhida na XXVIII Conferência Geral da
UNESCO, em 1995. Este dia marca o nascimento de grande escritores como:
William Shakespeare (Otelo, Hamlet, Romeu e Julieta etc), Miguel de Cervantes
(Dom Quixote – o primeiro romance que temos conhecimento) e Inca Gracilioso de La
Veja (La Florida del Inca).
A UNESCO respaldou dedicar um dia ao livro com a seguinte justificativa:
“A
Conferência Geral, por considerar que o livro vem sendo, historicamente, o
elemento mais poderoso de difusão do conhecimento e o meio mais eficaz para sua
conservação, [...] que toda iniciativa que promova sua divulgação redundará
oportunamente não só no enriquecimento cultural de quantos tenham acesso a ele,
mas no máximo desenvolvimento das sensibilidades coletivas em relação aos
acervos culturais mundiais e à inspiração de comportamentos de entendimento,
tolerância e diálogo.”
Em 2018, a diretora-geral da UNESCO, Audrey
Azoulay comentou em seu discurso:
“Ao celebrarmos o livro, celebramos atividades — escrita, leitura, tradução, publicação — através das quais o ser humano se eleva e se realiza; e celebramos, fundamentalmente, as liberdades que as tornam possíveis. O livro é o ponto de encontro das mais essenciais liberdades humanas, nomeadamente a liberdade de expressão e de edição.”
Tenho conversado com vocês sobre a
importância da Literatura. No último Sexta de Prosa falei sobre o Direito a
Literatura e como governos e políticas publicas devem garantir que todas as
pessoas tenham acesso a toda forma de literatura. Livro não é passa tempo,
livro é conhecimento, reflexão, autoconhecimento, empatia, liberdade de
construir através de questionamentos a sua própria forma de pensar.
Leia, nem que for 5 páginas por dia;
incentive a leitura; dê livros como presente, participe de Clubes de Leitura,
converse com os amigos sobre as histórias que lê e que gosta. Toda ficção, sem exceção
é uma grande ferramenta para sensibilizar o ser humano para a vida.
E, quando você fala de livro imediatamente
se lembra do autor. Bom lembrar também que a data se refere ao direito
intelectual e material que o autor possui sobre a sua criação, sobre o que
escreveu. O escritor vive dos direitos autorais, é o seu salário, é como ele
paga os boletos todos os meses. Quando uma obra é pirateada, quando se lê um
livro em pdf não autorizado de um autor vivo, está se “roubando” parte do
salário que ele deveria receber.
O direito do autor é inalienável. Falo isso
não somente como escritora, mas também como cidadã deste mundo.
O acesso a literatura não se dá apenas pela
compra do livro, mas também pelas bibliotecas. Procurar um livro que se quer
ler em uma biblioteca é proteger os direitos do autor, e não permitir a circulação
de arquivos não autorizados é contribuir para o fim da pirataria de livros.
Fica aqui todo o meu carinho pelos livros,
no desejo que você, meu leitor, siga na rota da leitura e cresça cada vez mais.
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